Passaram 15 dias de praia, sol, gente bonita a passear nas ruas, meio despida do Verão, à vontade como se o mundo fosse sempre aquele pequeno paraíso a beira-mar plantado eternamente nosso...
Pois não é! No máximo temos direito a uns grãos de areia e um bocadinho de mar para molhar a pevide... O ano inteiro à espera daqueles 15 dias de praia que, é um lavar de olhos para o nosso dia-a-dia tão cheio de emoção.
Pois eu posso afirmar que no inicio das ferias tenho sempre o mesmo pensamento: “uiii tantos dias livres para fazer aquilo que realmente gosto. Dedicar-me um bocadinho mais a escrita, a leitura, a desenhar, aproveitar para passear, ouvir musica, aproveitar concertos que nesta altura são sempre muitos, sair com os amigos, conhecer pessoas novas, dedicar 3 segundo por dia a aprender algo na wikipédia, ler mais jornais, etc... Balelas! Nem metade eu fiz, nem metade eu faço. Nestas férias, e em todas as outras, se escrevi não foi mais do que o costume, não peguei num livro apesar de ter três para ler, fiz dois desenhos e um deles incompleto, passeei mas nada de novo, só passado 10 dias é que descobri que afinal havia um rádio em casa (pois esqueci o mp3), fui a um concerto, tenho amigos que não vejo há mais de 6 meses, não dediquei tempo nenhum a wikipédia pois não havia internet, ler jornais esquece (no máximo vi pessoas a ler),...
Enfim... Não fiz nada de jeito. Saí das férias menos produtiva do que quando entrei apesar de mal dizer dos meus dias de trabalho.
Criei a filosofia de que praia cansa! Vejamos: estender a toalha cansa, esticar na toalha cansa, por creme na pele cansa, o sol sempre ali a bater é uma crueldade, temos de nos levantar e ir molhar a pevide, voltar a deitar, depois areia na toalha, sacudir a toalha, sequinha não?! Não era por certo vida para mim!...