Esta começa há muito tempo atrás, quando uma criança nasceu.
Filha do vento e da água, sempre em busca do fogo de viver. Os cabelos esvoaçavam ao vento, mal apanhados dos lados, rebeldes caracóis nas pontas que teimavam em enrolar.
Olhos profundos, castanhos que vêem a alma, que transparecem a genuinidade do ser livre.
Sentava-se muitas vezes naquele canto, em cima do rochedo a olhar a água calma que vai e vem e lhe leva e traz os pensamentos. A respirar o ar fresco que se faz descobrir mesmo nos dias mais quentes, perto daquele paraíso dos tristes.
Lá longe o verde das árvores contrasta muito bem com a cor do céu, vermelho pôr-do-sol.
É hora de voltar.
Filha do vento e da água recolhe quando avista o fogo de viver, ao longe, no horizonte.
Naquele dia o sol não nasceu. Precisava dele para respirar, para viver cada dia, para sentir o coração dentro do peito a vibrar. Sem o fogo da vida, não sabia viver.
Sentou-se na pedra, em frente o suspiro da água que ia e vinha calmamente sussurrou aos seus ouvidos: "em frente é o caminho!".
Pegou na réstia de esperança, e seguiu o caminho da coragem em busca do seu fogo de viver, que tinha perdido naquele dia.
Caminhou durante horas, dias... e nem sinal desse sol quente que ardia no seu peito todas as noites, todos os dias.
Perguntou aos pássaros, às árvores, aos animais, à lua, à água, ao vento, mas parecia que nunca ninguém tinha visto esse fogo. Ninguém conhecia essa força da Natureza, ninguém achava possível tal coisa existir.
Mas não ia desistir. Precisava desse fogo de viver para continuar a sonhar!
Procurou durante anos.
Prestes a desistir, voltou ao lugar onde quando era criança costumava sentar-se a olhar o seu mundo, a segurar naquelas mãos pequenas tamanha força.
Já não eram as mesmas mãos aquelas para as quais olhava agora. Gastas do tempo, linhas carregadas, cheias de tão pouco. Os seus olhos cansados afundavam na sua cara, pele tostada, cabelos ao vento.
Já não era a criança. Já não havia mais nada que segurar naquele corpo velho.
E quando fechou os olhos, para olhar e ver o seu interior, para ver o que restava e si, o sol voltou a nascer.
Filha do vento e da água, sempre em busca do fogo de viver. Os cabelos esvoaçavam ao vento, mal apanhados dos lados, rebeldes caracóis nas pontas que teimavam em enrolar.
Olhos profundos, castanhos que vêem a alma, que transparecem a genuinidade do ser livre.
Sentava-se muitas vezes naquele canto, em cima do rochedo a olhar a água calma que vai e vem e lhe leva e traz os pensamentos. A respirar o ar fresco que se faz descobrir mesmo nos dias mais quentes, perto daquele paraíso dos tristes.
Lá longe o verde das árvores contrasta muito bem com a cor do céu, vermelho pôr-do-sol.
É hora de voltar.
Filha do vento e da água recolhe quando avista o fogo de viver, ao longe, no horizonte.
Naquele dia o sol não nasceu. Precisava dele para respirar, para viver cada dia, para sentir o coração dentro do peito a vibrar. Sem o fogo da vida, não sabia viver.
Sentou-se na pedra, em frente o suspiro da água que ia e vinha calmamente sussurrou aos seus ouvidos: "em frente é o caminho!".
Pegou na réstia de esperança, e seguiu o caminho da coragem em busca do seu fogo de viver, que tinha perdido naquele dia.
Caminhou durante horas, dias... e nem sinal desse sol quente que ardia no seu peito todas as noites, todos os dias.
Perguntou aos pássaros, às árvores, aos animais, à lua, à água, ao vento, mas parecia que nunca ninguém tinha visto esse fogo. Ninguém conhecia essa força da Natureza, ninguém achava possível tal coisa existir.
Mas não ia desistir. Precisava desse fogo de viver para continuar a sonhar!
Procurou durante anos.
Prestes a desistir, voltou ao lugar onde quando era criança costumava sentar-se a olhar o seu mundo, a segurar naquelas mãos pequenas tamanha força.
Já não eram as mesmas mãos aquelas para as quais olhava agora. Gastas do tempo, linhas carregadas, cheias de tão pouco. Os seus olhos cansados afundavam na sua cara, pele tostada, cabelos ao vento.
Já não era a criança. Já não havia mais nada que segurar naquele corpo velho.
E quando fechou os olhos, para olhar e ver o seu interior, para ver o que restava e si, o sol voltou a nascer.
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