Se esperar mais do que algumas horas torna a espera desgastada, pelo tempo ou simplesmente pela caducidade natural do próprio conceito de espera. Quando queremos que algo aconteça, por mais que custe a espera, esperamos porque é a única coisa de que somos capazes de fazer em relação a isso.
Ultimamente só uso o silêncio, só ouço o silêncio, só o silêncio me cala a vontade de falar. Essa vontade de falar suporta o meu silêncio, a minha espera por não ser a única a querer quebra-lo. Fala-me tu desta vez, sobre o que quiseres, ate sobre o silêncio. Eu gostava.
E quando me sento e me sinto, sinto-te também e sento-te a meu lado mesmo que não seja o lugar que te pertence. E quando caminho e falo contigo, tu ouves-me também mesmo que não queiras e caminhas comigo mesmo que não possas. E quando estou aqui, no mundo real, tu também estás mesmo que não existas nele.
Supera a vontade de te ter e de te querer, a vontade de te ver feliz. E eu sei que a felicidade individual depende de nós próprios. Recuso-me a dizer unicamente, pois à minha volta tudo influencia o meu estado de espírito. Mas a capacidade de vermos a alegria depende da nossa percepção de quão efémera é a felicidade e aceitarmos sê-lo quando nos é permitido.
Deixar algo no mundo: um gesto, uma ideia, um ser… deve ser um acto tomado com a maior seriedade, como pôr de nós em algo exterior a nós para ser encontrado por alguém, ou não. Ser protegido por alguém, ou não. Mas parte do principio de que nós devemos proteger as coisas que são nossas, e quando gostamos delas, mesmo quando partem e seguem o seu caminho e nos deixam de pertence o sentimento de protecção permanece.
Não é ser fraco, nem é fraqueza dizer-se que se tem medo de perder, o que é nosso ou o que pertence ser. Não é ser fraco, nem é fraqueza admitir que se tem medo de reconhecer que se perdeu algo, que se pode perder. É cobardia não lutar por aquilo que se ambiciona, não untar cada bocadinho do que é nosso de maneira a preservar cada momento. É cobarde seguir pelo caminho mais fácil porque o mais difícil mete medo. É ser fraco não lutar pelo que é nosso só pelo medo de não vencer essa luta. É ser fraco não reconhecer que quando se perde, se pode fazer algo para recuperar.
Mesmo esta ideia de posse se torna por vezes insuportável. O que é nosso? Nada! Tudo tem a capacidade de nos escapar por entre os dedos. Tudo tem a capacidade de ser água e eu que morra à sede porque não te consigo encontrar…
Ultimamente só uso o silêncio, só ouço o silêncio, só o silêncio me cala a vontade de falar. Essa vontade de falar suporta o meu silêncio, a minha espera por não ser a única a querer quebra-lo. Fala-me tu desta vez, sobre o que quiseres, ate sobre o silêncio. Eu gostava.
E quando me sento e me sinto, sinto-te também e sento-te a meu lado mesmo que não seja o lugar que te pertence. E quando caminho e falo contigo, tu ouves-me também mesmo que não queiras e caminhas comigo mesmo que não possas. E quando estou aqui, no mundo real, tu também estás mesmo que não existas nele.
Supera a vontade de te ter e de te querer, a vontade de te ver feliz. E eu sei que a felicidade individual depende de nós próprios. Recuso-me a dizer unicamente, pois à minha volta tudo influencia o meu estado de espírito. Mas a capacidade de vermos a alegria depende da nossa percepção de quão efémera é a felicidade e aceitarmos sê-lo quando nos é permitido.
Deixar algo no mundo: um gesto, uma ideia, um ser… deve ser um acto tomado com a maior seriedade, como pôr de nós em algo exterior a nós para ser encontrado por alguém, ou não. Ser protegido por alguém, ou não. Mas parte do principio de que nós devemos proteger as coisas que são nossas, e quando gostamos delas, mesmo quando partem e seguem o seu caminho e nos deixam de pertence o sentimento de protecção permanece.
Não é ser fraco, nem é fraqueza dizer-se que se tem medo de perder, o que é nosso ou o que pertence ser. Não é ser fraco, nem é fraqueza admitir que se tem medo de reconhecer que se perdeu algo, que se pode perder. É cobardia não lutar por aquilo que se ambiciona, não untar cada bocadinho do que é nosso de maneira a preservar cada momento. É cobarde seguir pelo caminho mais fácil porque o mais difícil mete medo. É ser fraco não lutar pelo que é nosso só pelo medo de não vencer essa luta. É ser fraco não reconhecer que quando se perde, se pode fazer algo para recuperar.
Mesmo esta ideia de posse se torna por vezes insuportável. O que é nosso? Nada! Tudo tem a capacidade de nos escapar por entre os dedos. Tudo tem a capacidade de ser água e eu que morra à sede porque não te consigo encontrar…
1 comentário:
Quando queremos que algo aconteça temos sempre duas opções, ou ficamos inertes à espera, ou agimos e buscamos o que procuramos mesmo que esse não seja o nosso papel. E admitir um medo ou um erro nunca é fraqueza ou cobardia. Fraqueza é não lutar pelo que queremos e resignarmo-nos ao estabelecido; e cobardia é simplesmente termos medo de arriscar, ou não fazermos o que está correcto mesmo sabendo que estamos a errar, apenas por medo. E quando à perda só te posso dizer, que não podemos perder nada que nunca foi nosso para começar.
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