quarta-feira, 5 de novembro de 2008

1 de Outubro de 2008

Às vezes prefiro nem pensar para não sentir a tua falta. Mas é inevitável mesmo. Sinto falta dos teus abraços, de olhar para ti, de te ver a correr nos corredores, de te ver sorrir, de falar contigo principalmente! Parece que nada faz sentido, que tudo é um vazio. Não nos construímos como sendo um só, mas duas pessoas que neste momento têm muito pouca coisa em comum. Por vezes custa perceber que já criei toda uma rotina centrada em mim, na qual tu não entras. Apesar de ser apenas por um tempo, quem me dera que fosse por tempo nenhum.
De manhã, no metro, peço sempre desculpa às pessoas por estar no caminho… É que sou pequenina e não sei o que faço… E à noite tento ficar suficientemente estática para ti… Quando faço a avenida de Berna lembro-me sempre dos Natões que estão na montra da pastelaria… Quando estou com alguém mais de 3 segundos lembro-me como sou chata e chateio muita gente mesmo sendo tão pequenina… E quando estou no quarto e não me apetece fazer comer penso em abrir a lata de comida de gato… Quando estão nuvens lembro-me de como tão bonito estava o dia para ti…
Quem sabe o que o vento ajuda a construir ou a deitar a baixo? Para uns ele é cruel, para outros é um amigo. Quem sabe o que o tempo ajuda a construir ou a deitar a baixo? Para uns ele é a paz, para outros é o tormento. Hoje só queria que o vento me levasse para perto de ti, ou que te trouxesse para perto de mim. O tempo que fique onde deve ficar. É algo demasiado real (ou abstracto) para lhe querer mexer. Dou esse poder a quem tem preocupações mais graves que as minhas. Afinal temos todos uma vida tão boa comparando com algumas pessoas… A mim basta-me olhar pela janela.
Vá lá… Hoje vou voar um bocadinho… Quero sair daqui… Queres vir?

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