Uma maneira de exteriorizar aquilo que vivo diariamente como um rascunho. Apontamentos que vou tirando diariamente da grande aula que é a vida.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Hoje fui passear e soube maravilhosamente bem.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Monólogo
Nunca sei, nem nunca soube começar conversas… Fico a observar os momentos com vontade de falar, de encontrar a palavra certa para iniciar um diálogo, que na maior parte das vezes não deixa de ser um monologo, pois mantenho-me em silêncio. Medo de quebrar as ideias? De não as conseguir expor como vão cá dentro? De não saber como as dizer, porque penso muito mas não em como dizer as coisas. E sai sempre de forma desajeitada e confusa. Receio de interromper aquilo que me dizem, para não deixar mal entendidos, por não querer perder nenhuma expressão acompanhada de determinada palavra ou vírgula ou ponto-e-vírgula (porque geralmente não existem pontos finais na conversa; um ou outro ponto de interrogação). Quando me perguntam “não achas?” , ou “percebes?”, ou “concordas?”, eu respondo o mais curto que me lembro: “sim.”. Não é que não seja verdade, apenas pouco desenvolvido. Um dia as próprias palavras vão vingar-se de mim e vão falar por mim um monólogo meu, onde vou ser capaz de dizer tudo o que penso, cometer injurias, errar, não ser politicamente correcta, dizer que gosto e que não gosto, gritar de fúria, rir alto de alegria, ser desajeitadamente verdadeira e sincera comigo mesma. Pode ser que descubra o quão bem me conheço.
Agora compreendo o porquê do “Sabes,…” ou do “Olha,…”.
Um dia vou começar uma conversa com “Lembra-te sempre do que te vou dizer agora:…”
Amanhã talvez… Hoje tenho muito que aprender, escutando.
Peaches - Talk to me
sábado, 8 de janeiro de 2011
Excuse me Mr.
- Não sei querida...
- Então porque continua a caminhar? Não sabe para onde vai?
- Continuo a caminhar porque assim o fiz toda a vida. Vou em busca de algo.
- De quê?
- De amor.
- De onde vem não há?
- Há.
- Posso juntar-me a si?
- Também busca algo?
- Sim.
- O quê?
- Amor.
- De onde vem não há?
- Sim, há.
- Já caminha há muito tempo?
- Toda a minha vida caminhei também.
- Sempre em busca de amor?
- Não. Já andei em busca de amizade, felicidade, perdão...
- E continuamente na mesma estrada? Que idade tem afinal?
- Tenho idade para saber o que quero mas só sei o que não quero, por isso vivo em busca constante.
- Eu tenho 143 anos.