sexta-feira, 28 de novembro de 2008

La Dispute


Yann Tiersen

Gosto de fazer o bem às pessoas. Entregar-lhes as suas caixinhas de latão.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Agarra a Tua Hora

Responde-me a uma pergunta.
Tu fazes a tua hora? Ou esperas que o ponteiro te indique o norte que deves seguir?
Ficas sentado à espera que os segundos venham ter contigo, visto que os primeiros já passaram por ti?
Caminhas pela rua por tua mão ou são os passos de alguém que te levam?
A tua indignação justifica-la por teus meios?
Ou procuras o choro dos outros para agir?
E a hora de amar?
Esperas que venha ou corres atrás dela? Ou corres por ela? Ou vives por ela?
É o bater do coração ou o ponteiro do relógio que movimenta a tua vontade?
E sonhas com medo que o relógio pare ou que o tempo voe?

Agarra a tua hora!


Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores


Geraldo Vandré

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A força da manif!

(a fraca coluna!)

"Mais de cem mil pessoas na rua contra alguma coisa é uma manifestação que mete respeito. O motivo tem de ser muito forte. Uma birra dos sindicatos não é suficiente para mobilizar tantas pessoas. E foi isso que se passou no sábado. O protesto foi muito para além da razão anunciada.
Bruno Proença
Para os sindicatos, o que estava em causa nesta jornada de luta era a avaliação. Para os professores, era a sobrevivência. Os mais de cem mil estão a tentar garantir o emprego. A luta é nobre. Mas escolheram a estratégia errada e uma companhia – os sindicatos – ainda pior. Vamos por partes. Contra a força da demografia, é difícil lutar. A população em Portugal está a decrescer. Há menos crianças e, portanto, são necessários menos professores. Este fenómeno, já bem perceptível no ensino primário – basta ver o número de escolas que fechou nos últimos anos – vai chegar aos outros níveis de ensino. Portanto, há professores a mais. É preciso reconvertê-los. A avaliação é apenas uma parte deste problema. A avaliação vai permitir seleccionar os melhores. Escolher os que merecem continuar a dar aulas e a ensinar os nossos filhos. Assim, a luta contra a avaliação não é legítima. Todas as pessoas em todas as áreas da vida são avaliadas. Os professores avaliam os alunos. Porque não podem ser avaliados? Porque devem ser uma profissão à parte? Qual é o direito divino que lhes garante as progressões automáticas na carreira? Quando não há avaliação, há um nivelamento por baixo. Ganham os medíocres. Os professores respondem que não estão contra a avaliação mas sim contra o modelo. Pois a impressão que fica do discurso dos seus representantes – os sindicatos – é que nenhum modelo será suficientemente bom. Todos terão defeitos: demasiado simplistas ou pesados e burocráticos. Conclusão: vai-se empurrando a situação com a barriga. Os professores não querem aceitar a realidade. É normal. A resistência à mudança é própria da natureza humana. Fazem mal. O pior é meter a cabeça na areia. É preferível ter uma atitude construtiva e preparar a mudança. Só assim se melhorará a dignidade da profissão e as condições de trabalho para quem continuar a dar aulas. Neste momento, os sindicatos fazem parte do problema e não da solução. A sua atitude é racional mas, ainda assim, não é justificável. Eles sabem que a função pública é a sua última trincheira. Onde ainda têm força. Mas usarem esse poder desta maneira é um suicídio. A chantagem sobre o Governo – usando o argumento das eleições – a propósito da avaliação é revelador dos seus propósitos. Mais do que resolverem os problemas dos professores, querem manter o ‘status quo’ e fazer combate político. Isto não enobrece as suas posições. Bem pelo contrário. Ninguém coloca em causa a sua relevância na sociedade mas, com este tipo de estratégia, é só tiros no pé. Se não estivesse em causa a educação, a situação de guerrilha e ruptura até poderia ser tolerável. Não é. Para garantir o seu desenvolvimento, o país precisa de um bom sistema educativo. Que transmita conhecimento e, talvez mais importante, que ensine a pensar e forme cidadãos. Para isto, os professores precisam de condições e motivação. Portanto, pede-se responsabilidade a todos: Governo, professores e sindicatos. Mantenham linhas de diálogo e cheguem a consensos. Senão, no fim, perdem as crianças que não têm a possibilidade de fugirem das escolas públicas. E, claro, os professores."
É importante ler alguns comentários! Têm mais sentido que a própria notícia.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

1 de Outubro de 2008

Às vezes prefiro nem pensar para não sentir a tua falta. Mas é inevitável mesmo. Sinto falta dos teus abraços, de olhar para ti, de te ver a correr nos corredores, de te ver sorrir, de falar contigo principalmente! Parece que nada faz sentido, que tudo é um vazio. Não nos construímos como sendo um só, mas duas pessoas que neste momento têm muito pouca coisa em comum. Por vezes custa perceber que já criei toda uma rotina centrada em mim, na qual tu não entras. Apesar de ser apenas por um tempo, quem me dera que fosse por tempo nenhum.
De manhã, no metro, peço sempre desculpa às pessoas por estar no caminho… É que sou pequenina e não sei o que faço… E à noite tento ficar suficientemente estática para ti… Quando faço a avenida de Berna lembro-me sempre dos Natões que estão na montra da pastelaria… Quando estou com alguém mais de 3 segundos lembro-me como sou chata e chateio muita gente mesmo sendo tão pequenina… E quando estou no quarto e não me apetece fazer comer penso em abrir a lata de comida de gato… Quando estão nuvens lembro-me de como tão bonito estava o dia para ti…
Quem sabe o que o vento ajuda a construir ou a deitar a baixo? Para uns ele é cruel, para outros é um amigo. Quem sabe o que o tempo ajuda a construir ou a deitar a baixo? Para uns ele é a paz, para outros é o tormento. Hoje só queria que o vento me levasse para perto de ti, ou que te trouxesse para perto de mim. O tempo que fique onde deve ficar. É algo demasiado real (ou abstracto) para lhe querer mexer. Dou esse poder a quem tem preocupações mais graves que as minhas. Afinal temos todos uma vida tão boa comparando com algumas pessoas… A mim basta-me olhar pela janela.
Vá lá… Hoje vou voar um bocadinho… Quero sair daqui… Queres vir?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Uni Duni Tê



Eu quis saber da minha estrela-guia
Onde andaria meu sonho encantado
Fada-madrinha, vara de condão
Esse meu coração sonhando acordado

Vai nos levar para um mundo de magia
Onde a fantasia vai entrar na dança
E quando o brilho do amor chegar
Eu quero é mais brincar, melhor é ser criança

Uni duni duni tê, ô ô ô ô
Salamê minguê, ô ô ô ô
Sorvete colorê, ô ô ô ô
Sonho encantado onde está você?

A carruagem vai seguir viagem
E o Trem da Alegria vai pedir passagem
Na direção do amor que eu preciso
Do meu paraíso, doce paisagem

Vai nos levar para um mundo de magia
Onde a fantasia vai entrar na dança
E quando o brilho do amor chegar
Eu quero é mais brincar, eu quero ser criança

Uni duni duni tê, ô ô ô ô
Salamê minguê, ô ô ô ô
Sorvete colorê, ô ô ô ô
Sonho encantado onde está você?

Trem da Alegria

Hoje sou criança!