sábado, 26 de março de 2011

Primeiro Movimento

Um sustenido leve que se suspende no ar. Como a leveza de uma bailarina. Como a leveza de uma borboleta que se deixa levar pelo vento. O primeiro movimento pode determinar e comprometer todos os passos seguintes. Um abanar leve de toda a natureza ao som de uma música que embala a própria natureza humana.



Hoje acordei a pensar nesta música, enquanto chovia lá fora.

domingo, 13 de março de 2011

Cosmic Love

A "cosmicidade" das coisas pode confundir-se com o quão platónico se tornam. Basta, contudo, acreditarmos um pouco mais, para que tudo o que nos parece efémero se torne, não menos efémero, mas sim real.
Não adianta acreditar numa realidade utópica, perseguindo a ideia de que tudo dura para sempre, que os nossos desejos são sempre os mesmos, que a nossa forma de pensar não muda, que aquilo que tomamos como certo ou errado não se altera. Seguimos aquilo que acreditamos, acreditando sempre que o fazemos pelo melhor, dando o melhor de nós a quem nos dá, nada mais nada menos que uma mão amiga.
E ás vezes olhando o céu cheio de estrelas, e são mesmo muitas, pois tenho o privilégio de poder isolar-me de todas as luzes da cidade e olhar o céu cheio de pequenos pontinhos, sinto-me pequena. E todos nós nos deveríamos sentir. Porque sem um de nós, todo o mundo continua a girar, sem uma dessas estrelas continuaríamos a achar o céu lindo e cheio de pontinhos.
Mas quão grande não será a alma das pessoas? Quão grande será a bondade que têm dentro? Quão grande serão os seus sonhos?
Cada estrela, seu brilho. Cada sonho, seu brilho. Cada alma, sua bondade.



Florence and the Machine

A falling star fell from your heart and landed in my eyes
I screamed aloud, as it tore through them, and now it's left me blind

The stars, the moon, they have all been blown out
You left me in the dark
No dawn, no day, I'm always in this twilight
In the shadow of your heart

And in the dark, I can hear your heartbeat
I tried to find the sound
But then, it stopped, and I was in the darkness,
So darkness I became

The stars, the moon, they have all been blown out
You left me in the dark
No dawn, no day, I'm always in this twilight
In the shadow of your heart

I took the stars from my eyes, and then I made a map
And knew that somehow I could find my way back
Then I heard your heart beating, you were in the darkness too
So I stayed in the darkness with you

The stars, the moon, they have all been blown out
You left me in the dark
No dawn, no day, I'm always in this twilight
In the shadow of your heart

The stars, the moon, they have all been blown out
You left me in the dark
No dawn, no day, I'm always in this twilight
In the shadow of your heart

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

I'm a Woman of Many Wishes

Stevie Wonder - Lately


Lately, I have had the strangest feeling
With no vivid reason here to find
Yet the thought of losing you's been hanging
Around my mind










Far more frequently you're wearing perfume
With you say no special place to go
But when I ask will you be coming back soon
You don't know, never know











Well, I'm a man of many wishes
Hope m
y premonition misses
But what I really feel my eyes won't let me hide
‘Cause they always start to cry
Cause this time could mean goodbye









Lately I've been staring in the mirror
Very slowly
picking me apart
Trying to tell myself I have no reason
With your heart







Just the other night while you were sleeping
I vaguely heard you whisper someone's name
But when I ask you of the thoughts your keeping
You just say nothing's changed

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Hoje fui passear e soube maravilhosamente bem.

Levantei-me por volta das 8h45min, depois de 15 minutos de ronha nos lençóis. Acordaram-me às 8h30min da manhã com um alegre "Acorda dorminhoca, que tens de ir estudar!". É verdade, em época de exames tem de ser. Lá me levantei a custo, e foi mesmo a custo hoje. Tomei um banho que soube maravilhosamente bem e saí para a faculdade onde me fechei a manhã na biblioteca a estudar no meio de folhas, apontamentos e exercícios. Juntou-se a mim a Joaninha, que igualmente necessitava de um ambiente um pouco mais pesado para se divertir com uma calhamaço de "Organizational Behaviour" para ler e decorar algo que nem sabia bem o que era. Estivemos enfiadas nos livros até às 13h, hora em que o ratinho do estômago começou a dar sinal. "Vamos almoçar!". Fomos almoçar. Cada uma com o seu prato de bacalhau com natas atacamos a fome. Depois de almoço cada uma foi à sua vida, eu de volta à biblioteca (antes disso um telefonema rápido), e ela à sua aula de condução. Meia-hora passada e eu já me contorcia na cadeira de pau, o sol lá fora a rir para mim, eu com todos os exercícios feitos, mas ainda assim dentro da biblioteca.
Mensagem de texto da Joana: "Já não volto à faculdade. Vou para casa que não consigo decorar nada disto.".
Mensagem de texto da Tatiana: "Hoje não vou a faculdade, não estudei nada ainda. Nem consigo.".
Telefonema da Mariana: "Passei a Cálculo! Estou super contente!"
Remédio santo! Preciso de sol! Voltei a casa com um sorriso, pronta a festejar e acabo por convencê-la a vir tomar um café para desanuviar do estudo. Ficar em casa com este tempo é pecado!
Metro em direcção à Baixa-Chiado. Carregar o cartão sete-colinas que pedi emprestado à Mariana (devo ter uns cinco ou seis mas andam sempre perdidos) e acabamos por sair nos Restauradores que o ar livre era bem mais agradável. Depois de um salto aos saldos da H&M, entrar na Fnac (onde comprei um livro), um lanche na Brazileira, voltamos a casa, mas antes, comprar o jantar!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Monólogo

Nunca sei, nem nunca soube começar conversas… Fico a observar os momentos com vontade de falar, de encontrar a palavra certa para iniciar um diálogo, que na maior parte das vezes não deixa de ser um monologo, pois mantenho-me em silêncio. Medo de quebrar as ideias? De não as conseguir expor como vão cá dentro? De não saber como as dizer, porque penso muito mas não em como dizer as coisas. E sai sempre de forma desajeitada e confusa. Receio de interromper aquilo que me dizem, para não deixar mal entendidos, por não querer perder nenhuma expressão acompanhada de determinada palavra ou vírgula ou ponto-e-vírgula (porque geralmente não existem pontos finais na conversa; um ou outro ponto de interrogação). Quando me perguntam “não achas?” , ou “percebes?”, ou “concordas?”, eu respondo o mais curto que me lembro: “sim.”. Não é que não seja verdade, apenas pouco desenvolvido. Um dia as próprias palavras vão vingar-se de mim e vão falar por mim um monólogo meu, onde vou ser capaz de dizer tudo o que penso, cometer injurias, errar, não ser politicamente correcta, dizer que gosto e que não gosto, gritar de fúria, rir alto de alegria, ser desajeitadamente verdadeira e sincera comigo mesma. Pode ser que descubra o quão bem me conheço.

Agora compreendo o porquê do “Sabes,…” ou do “Olha,…”.

Um dia vou começar uma conversa com “Lembra-te sempre do que te vou dizer agora:…”

Amanhã talvez… Hoje tenho muito que aprender, escutando.




Peaches - Talk to me

sábado, 8 de janeiro de 2011

Excuse me Mr.

- Desculpe Senhor, pode dizer-me para onde vai este caminho?
- Não sei querida...
- Então porque continua a caminhar? Não sabe para onde vai?
- Continuo a caminhar porque assim o fiz toda a vida. Vou em busca de algo.
- De quê?
- De amor.
- De onde vem não há?
- Há.
- Posso juntar-me a si?
- Também busca algo?
- Sim.
- O quê?
- Amor.
- De onde vem não há?
- Sim, há.
- Já caminha há muito tempo?
- Toda a minha vida caminhei também.
- Sempre em busca de amor?
- Não. Já andei em busca de amizade, felicidade, perdão...
- E continuamente na mesma estrada? Que idade tem afinal?
- Tenho idade para saber o que quero mas só sei o que não quero, por isso vivo em busca constante.
- Eu tenho 143 anos.