Pseudo-SMS

Apetece-me gritar o quanto me faz bem o teu sorriso. O teu e o de toda a gente de quem gosto, mas a verdade é que me lembrei agora especialmente de ti. Talvez porque me tocas de um modo especial, gosto de ti de um modo fraterno como se tivesse o dever e o direito de tomar conta de ti. Gosto da tua maneira de ser descontraída, de falares com a boca meio fechada, dos teus olhos multicolor, gosto de observar os traços que te caracterizam, as tuas falhas na barba, gosto das tuas mãos. Decorei-as de tanto as olhar, sem querer, e é espantoso a quantidade de mãos que sei de cor sem nunca ter pensado nisso...

Gosto da tua maneira de seres desajeitadamente engraçado e carinhosamente chato.

Um dia compro-te um gorro daqueles de pelo de urso e passeio contigo com um casaco pele de leopardo pela Baixa!

Manhã de Domingo

Estou sentada á secretaria com um monte de folhas espalhadas em cima da mesa, com o PC á frente e com uma constipação enorme. A rodar um CD que compus ontem para as aulas de música, enquanto vou trauteando com a voz rouca e nasalada partes das músicas que às vezes se sobrepõem aos pensamentos. Vou hoje fazer uma viagem de três horas para chegar ao local de trabalho semanal. Enfim... Faltam ainda umas seis horas e já estou a ficar doente com esse tempo morto. Chegar, carregar malas, transportes para um lado e para o outro, finalmente chegar a casa e tirar o casaco que parece que sufoca, beber água e deixar metade da roupa dentro do saco para arrumar no dia seguinte... Depois mais uma semana de trabalho que parece que nunca é suficiente para manter tudo em ordem, e chegamos ao fim do dia e desejamos mais uma ou duas horas para concluir um determinado estudo que ficou a meio. Mas, provavelmente, se essas horas existissem, eram passadas a dormir, porque dormir 6 horas por dia não é suficiente e é o que durmo em média.

Acabam de me chamar para o almoço... E ainda nem olhei para o telemóvel onde devo ter montanhas de mensagens a reclamar por não existir para o mundo...

O Dia-a-Dia da Pulga Cotovia

Há alturas em que me torno mais pequena ainda do que já sou. Porque assim é mais fácil passar despercebida, é mais fácil observar sem ser observada, é mais fácil viver quando se é pequenino e ninguém repara no que fazemos. Há mais liberdade porque, como somos mais pequeninos, fica mais concentrada.
Apetece-me fechar os olhos e esquecer o que me rodeia, apetece-me mergulhar de cabeça no incerto e ter sempre a certeza de que tudo estaria igual quando voltasse à superfície. Das-me esse momento só meu? Ás vezes só quero que o mundo pare , o tempo fique suspenso e eu e tu, então, podíamos circular à vontade. A observar como se vive. Para aprendermos a ser grandes.

O'questrada

Tive o prazer de, na passada quarta-feira, ouvir estes senhores ao vivo. Um espectaculo digno de se ver, cantado com gosto, felicidade plena em cima do palco. Uma boa descoberta que aqui fica:

Oxalá Te Veja


Se Esta Rua Fosse Minha


Nêga