quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vou contar uma História, pois contar uma história é o maior dom que o Homem pode ter.

Esta começa há muito tempo atrás, quando uma criança nasceu.

Filha do vento e da água, sempre em busca do fogo de viver. Os cabelos esvoaçavam ao vento, mal apanhados dos lados, rebeldes caracóis nas pontas que teimavam em enrolar.
Olhos profundos, castanhos que vêem a alma, que transparecem a genuinidade do ser livre.
Sentava-se muitas vezes naquele canto, em cima do rochedo a olhar a água calma que vai e vem e lhe leva e traz os pensamentos. A respirar o ar fresco que se faz descobrir mesmo nos dias mais quentes, perto daquele paraíso dos tristes.
Lá longe o verde das árvores contrasta muito bem com a cor do céu, vermelho pôr-do-sol.
É hora de voltar.
Filha do vento e da água recolhe quando avista o fogo de viver, ao longe, no horizonte.
Naquele dia o sol não nasceu. Precisava dele para respirar, para viver cada dia, para sentir o coração dentro do peito a vibrar. Sem o fogo da vida, não sabia viver.
Sentou-se na pedra, em frente o suspiro da água que ia e vinha calmamente sussurrou aos seus ouvidos: "em frente é o caminho!".
Pegou na réstia de esperança, e seguiu o caminho da coragem em busca do seu fogo de viver, que tinha perdido naquele dia.
Caminhou durante horas, dias... e nem sinal desse sol quente que ardia no seu peito todas as noites, todos os dias.
Perguntou aos pássaros, às árvores, aos animais, à lua, à água, ao vento, mas parecia que nunca ninguém tinha visto esse fogo. Ninguém conhecia essa força da Natureza, ninguém achava possível tal coisa existir.
Mas não ia desistir. Precisava desse fogo de viver para continuar a sonhar!
Procurou durante anos.
Prestes a desistir, voltou ao lugar onde quando era criança costumava sentar-se a olhar o seu mundo, a segurar naquelas mãos pequenas tamanha força.
Já não eram as mesmas mãos aquelas para as quais olhava agora. Gastas do tempo, linhas carregadas, cheias de tão pouco. Os seus olhos cansados afundavam na sua cara, pele tostada, cabelos ao vento.
Já não era a criança. Já não havia mais nada que segurar naquele corpo velho.
E quando fechou os olhos, para olhar e ver o seu interior, para ver o que restava e si, o sol voltou a nascer.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Os Putos

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo

Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.


Carlos do Carmo

domingo, 21 de dezembro de 2008

A Fuego Lento

Por vezes o coração arde, é um fogo que prende a respiração. É a necessidade de mudança, é o sentir calor de alguém, é o fazer o bem, é o impulso da felicidade. Abrir os braços, olhar o céu e rodopiar inspirando a vida, beber a canção. Subir ao mais alto de nós, embrulhar o nosso orgulho por momentos, guardá-lo no bolso, sorrir para quem passa sem pedir nada em troca. É sentir o abraço quente de quem se entrega a nós, sorrir por um bom momento passado, acreditar que todos têm o bem la dentro. Suspirar como quem não pode pedir mais nada. Rir do que tem graça. Rir do que não tem. Sentir o sol da primavera no inverno, sonhar ser pássaro, ser flor, ser borboleta, ser mar. Tudo ao mesmo tempo, uma coisa de cada vez.
Sou feliz!




Estrella, Erika y Aranza

sábado, 20 de dezembro de 2008

Um texto vindo do nada...

Anyway, i can try anything it's the same circle that leads to nowhere and i'm tired now.
Anyway, i've lost my face, my dignity, my look, everything is gone and i'm tired now. But don't be scared, i found a good job and i go to work every day on my old bicycle you loved. I am pilling up some unread books under my bed and i really think i'll never read again. No concentration, just a white disorder everywhere around me, you know i'm so tired now. Don't worry i often go to dinners and parties with some old friends who care for me, take me back home and stay. Monochrome floors, monochrome walls, only abscence near me, nothing but silence around me. Monochrome flat, monochrome life, only abscence near me, nothing but silence around me. sometimes i search an event or something to remind me, but i've really got nothing in mind. Sometimes i open the windows and listen people walking in the down streets. There is a life out there. But don't be scared, i found a good job and i go to work every day on my old bicycle you loved. Anyway, i can try anything it's the same circle that leads to nowhere and i'm tired now. Anyway, i've lost my face, my dignity, my look, everthing is gone, gone and i'm tired now. But don't be scared, i found a good job and i go to work every day on my old bicycle you loved. Don't worry i often go to dinners and parties with some old friends who care for me, take me back home and stay. Mochrome floors, monochrome walls, only abscence near me, nothing but silence around me. Monochrome flat, monochrome life, only abscence near me, nothing but silence around me...
encontrado por acaso

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Medo


Mariza

Quem dorme à noite comigo?
É meu segredo, é meu segredo!
Mas se insistirem, desdigo.
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo!

E cedo, porque me embala
Num vaivém de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.

Que farei quando, deitado,
Fitando o espaço vazio,
Grita no espaço fitado
Que está dormindo a meu lado,
Lázaro e frio?

Gritar? Quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim?
Gostava até de matar-me.
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim.

Amália Rodrigues
Música: Alain Oulman
Letra: Reinaldo Ferreira
In: "Segredos",1997

sábado, 13 de dezembro de 2008

Will you take me as l am?

vamos jogar um jogo?
andar de baloiço?
correr pelas ruas?

vamos saborear os momentos porque são nossos?
vamos abraçar a estátua que não é abraçada a tanto tempo?
vamos sorrir para quem passa?
correr pelas ruas?

vamos caçar borboletas?
vamos dançar?
vamos?
e correr pelas ruas?

vamos jogar a bola?
vamos cantar?
vamos a praia amanha?
vamos correr as ruas?

vamos viajar?
tirar fotografias?
vamos cozinhar?
vamos ver um filme?
correr pelas ruas?

vens dar-me a mão?
vamos subir pelo muro?
vens comigo?
vens?
vamos correr pelas ruas?



Joni Mitchell - California



Sitting in a park in paris, france
Reading the news and it sure looks bad
They wont give peace a chance
That was just a dream some of us had
Still a lot of lands to see
But I wouldnt want to stay here
Its too old and cold and settled in its ways here
Oh, but california
California Im coming home
Im going to see the folks I dig
Ill even kiss a sunset pig
California Im coming home

I met a redneck on a grecian isle
Who did the goat dance very well
He gave me back my smile
But he kept my camera to sell
Oh the rogue, the red red rogue
He cooked good omelettes and stews
And I might have stayed on with him there
But my heart cried out for you, california
Oh california Im coming home
Oh make me feel good rockn roll band
Im your biggest fan
California, Im coming home

Oh it gets so lonely
When youre walking
And the streets are full of strangers
All the news of home you read
Just gives you the blues
Just gives you the blues

So I bought me a ticket
I caught a plane to spain
Went to a party down a red dirt road
There were lots of pretty people there
Reading rolling stone, reading vogue
They said, how long can you hang around?
I said a week, maybe two,
Just until my skin turns brown
Then Im going home to california
California Im coming home
Oh will you take me as I am
Strung out on another man
California Im coming home

Oh it gets so lonely
When youre walking
And the streets are full of strangers
All the news of home you read
More about the war
And the bloody changes
Oh will you take me as l am?
Will you take me as l am?
Will you?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Já sentia uma certa falta de uma conversa assim... não é todos os dias que temos uma companhia para conversar, esbracejar uma data de lamúrias, indignações, dar-me a conhecer e ter á minha frente alguém que não fez cerimónias para me mostrar grande parte da sua vida. Sabe muito bem sorrir com alguém, fazer as mesmas piadas, ver o tempo voar e nem dar por isso...

Arrancamos com o carro sem saber muito bem o destino a tomar... acabamos por seguir o caminho que estava mais a mão. Em frente é que manda a gente! E seguimos.
Paragem obrigatória: um café bem agradável e um pulinho pelas luzes da cidade. O vento fazia-se sentir. Os cabelos despenteavam-se e as luzes brilhavam ainda mais. Talvez o brilho dos olhos o fizessem parecer maior. Equilibramo-nos em cima de um muro, como duas crianças... ou pelo menos tentamos. Depois de cinco horas na conversa, foi como se o tempo tivesse voado.

Há pessoas que nos surpreendem. É fantástico sentir que há compreensão mútua, natural, verdadeira. Identificarmo-nos com o modo de pensar, com a maneira de estar, ter os mesmos pensamentos, ler sonhos da noite anterior, etc e tal.

Percorremos todos os CDS que estavam no carro, ainda ouvimos umas quantas músicas no rádio. Foi um momento que teve um sabor a conforto, tranquilidade... não sei se já provaste disso? É um dos meus pratos favoritos para além dos que invento na cozinha.




(bip-bip-bip-bip....)

Horas de ir para a faculdade, e lá me levanto com esforço.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Nicolo Paganini - caprice 4



TianWa Yeung

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Will You Still Love Me Tomorrow?

O meu desejo é que me cantes baixinho esta música no meu ouvido, um dia.
Porque não hoje?...




Tonight you're mine completely
You give your love so sweetly
Tonight the light of love is in your eyes
Will you still love me tomorrow?

Is this a lasting treasure
Or just a moment pleasure
Can I believe the magic of your sight
Will you still love me tomorrow?

Tonight with words unspoken
You said that I'm the only one
But will my heart be broken
When the night meets the morning sun?

I like to know that your love
This know that I can be sure of
So tell me now and I won't ask again
Will you still love me tomorrow?

Will you still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?...


Laura Branigan

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

La Dispute


Yann Tiersen

Gosto de fazer o bem às pessoas. Entregar-lhes as suas caixinhas de latão.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Agarra a Tua Hora

Responde-me a uma pergunta.
Tu fazes a tua hora? Ou esperas que o ponteiro te indique o norte que deves seguir?
Ficas sentado à espera que os segundos venham ter contigo, visto que os primeiros já passaram por ti?
Caminhas pela rua por tua mão ou são os passos de alguém que te levam?
A tua indignação justifica-la por teus meios?
Ou procuras o choro dos outros para agir?
E a hora de amar?
Esperas que venha ou corres atrás dela? Ou corres por ela? Ou vives por ela?
É o bater do coração ou o ponteiro do relógio que movimenta a tua vontade?
E sonhas com medo que o relógio pare ou que o tempo voe?

Agarra a tua hora!


Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores


Geraldo Vandré

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A força da manif!

(a fraca coluna!)

"Mais de cem mil pessoas na rua contra alguma coisa é uma manifestação que mete respeito. O motivo tem de ser muito forte. Uma birra dos sindicatos não é suficiente para mobilizar tantas pessoas. E foi isso que se passou no sábado. O protesto foi muito para além da razão anunciada.
Bruno Proença
Para os sindicatos, o que estava em causa nesta jornada de luta era a avaliação. Para os professores, era a sobrevivência. Os mais de cem mil estão a tentar garantir o emprego. A luta é nobre. Mas escolheram a estratégia errada e uma companhia – os sindicatos – ainda pior. Vamos por partes. Contra a força da demografia, é difícil lutar. A população em Portugal está a decrescer. Há menos crianças e, portanto, são necessários menos professores. Este fenómeno, já bem perceptível no ensino primário – basta ver o número de escolas que fechou nos últimos anos – vai chegar aos outros níveis de ensino. Portanto, há professores a mais. É preciso reconvertê-los. A avaliação é apenas uma parte deste problema. A avaliação vai permitir seleccionar os melhores. Escolher os que merecem continuar a dar aulas e a ensinar os nossos filhos. Assim, a luta contra a avaliação não é legítima. Todas as pessoas em todas as áreas da vida são avaliadas. Os professores avaliam os alunos. Porque não podem ser avaliados? Porque devem ser uma profissão à parte? Qual é o direito divino que lhes garante as progressões automáticas na carreira? Quando não há avaliação, há um nivelamento por baixo. Ganham os medíocres. Os professores respondem que não estão contra a avaliação mas sim contra o modelo. Pois a impressão que fica do discurso dos seus representantes – os sindicatos – é que nenhum modelo será suficientemente bom. Todos terão defeitos: demasiado simplistas ou pesados e burocráticos. Conclusão: vai-se empurrando a situação com a barriga. Os professores não querem aceitar a realidade. É normal. A resistência à mudança é própria da natureza humana. Fazem mal. O pior é meter a cabeça na areia. É preferível ter uma atitude construtiva e preparar a mudança. Só assim se melhorará a dignidade da profissão e as condições de trabalho para quem continuar a dar aulas. Neste momento, os sindicatos fazem parte do problema e não da solução. A sua atitude é racional mas, ainda assim, não é justificável. Eles sabem que a função pública é a sua última trincheira. Onde ainda têm força. Mas usarem esse poder desta maneira é um suicídio. A chantagem sobre o Governo – usando o argumento das eleições – a propósito da avaliação é revelador dos seus propósitos. Mais do que resolverem os problemas dos professores, querem manter o ‘status quo’ e fazer combate político. Isto não enobrece as suas posições. Bem pelo contrário. Ninguém coloca em causa a sua relevância na sociedade mas, com este tipo de estratégia, é só tiros no pé. Se não estivesse em causa a educação, a situação de guerrilha e ruptura até poderia ser tolerável. Não é. Para garantir o seu desenvolvimento, o país precisa de um bom sistema educativo. Que transmita conhecimento e, talvez mais importante, que ensine a pensar e forme cidadãos. Para isto, os professores precisam de condições e motivação. Portanto, pede-se responsabilidade a todos: Governo, professores e sindicatos. Mantenham linhas de diálogo e cheguem a consensos. Senão, no fim, perdem as crianças que não têm a possibilidade de fugirem das escolas públicas. E, claro, os professores."
É importante ler alguns comentários! Têm mais sentido que a própria notícia.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

1 de Outubro de 2008

Às vezes prefiro nem pensar para não sentir a tua falta. Mas é inevitável mesmo. Sinto falta dos teus abraços, de olhar para ti, de te ver a correr nos corredores, de te ver sorrir, de falar contigo principalmente! Parece que nada faz sentido, que tudo é um vazio. Não nos construímos como sendo um só, mas duas pessoas que neste momento têm muito pouca coisa em comum. Por vezes custa perceber que já criei toda uma rotina centrada em mim, na qual tu não entras. Apesar de ser apenas por um tempo, quem me dera que fosse por tempo nenhum.
De manhã, no metro, peço sempre desculpa às pessoas por estar no caminho… É que sou pequenina e não sei o que faço… E à noite tento ficar suficientemente estática para ti… Quando faço a avenida de Berna lembro-me sempre dos Natões que estão na montra da pastelaria… Quando estou com alguém mais de 3 segundos lembro-me como sou chata e chateio muita gente mesmo sendo tão pequenina… E quando estou no quarto e não me apetece fazer comer penso em abrir a lata de comida de gato… Quando estão nuvens lembro-me de como tão bonito estava o dia para ti…
Quem sabe o que o vento ajuda a construir ou a deitar a baixo? Para uns ele é cruel, para outros é um amigo. Quem sabe o que o tempo ajuda a construir ou a deitar a baixo? Para uns ele é a paz, para outros é o tormento. Hoje só queria que o vento me levasse para perto de ti, ou que te trouxesse para perto de mim. O tempo que fique onde deve ficar. É algo demasiado real (ou abstracto) para lhe querer mexer. Dou esse poder a quem tem preocupações mais graves que as minhas. Afinal temos todos uma vida tão boa comparando com algumas pessoas… A mim basta-me olhar pela janela.
Vá lá… Hoje vou voar um bocadinho… Quero sair daqui… Queres vir?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Uni Duni Tê



Eu quis saber da minha estrela-guia
Onde andaria meu sonho encantado
Fada-madrinha, vara de condão
Esse meu coração sonhando acordado

Vai nos levar para um mundo de magia
Onde a fantasia vai entrar na dança
E quando o brilho do amor chegar
Eu quero é mais brincar, melhor é ser criança

Uni duni duni tê, ô ô ô ô
Salamê minguê, ô ô ô ô
Sorvete colorê, ô ô ô ô
Sonho encantado onde está você?

A carruagem vai seguir viagem
E o Trem da Alegria vai pedir passagem
Na direção do amor que eu preciso
Do meu paraíso, doce paisagem

Vai nos levar para um mundo de magia
Onde a fantasia vai entrar na dança
E quando o brilho do amor chegar
Eu quero é mais brincar, eu quero ser criança

Uni duni duni tê, ô ô ô ô
Salamê minguê, ô ô ô ô
Sorvete colorê, ô ô ô ô
Sonho encantado onde está você?

Trem da Alegria

Hoje sou criança!

sábado, 18 de outubro de 2008

Excuse me Mr

Excuse me Mr
can't you see the children dying?
You say that you cant help them
Mr your not even trying!

Ben Harper

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Thank you

How 'bout getting off of these antibiotics?
How 'bout stopping eating when I'm full up?
How 'bout them transparent dangling carrots?
How 'bout that ever elusive kudo?

Thank you, India
Thank you, terror
Thank you, disillusionment
Thank you, frailty
Thank you, consequence
Thank you, thank you, silence

How 'bout me not blaming you for everything?
How 'bout me enjoying in a moment for once?
How 'bout how good it feels to finally forgive you?
How 'bout grieving it all one at a time?

Thank you, India
Thank you, terror
Thank you, disillusionment
Thank you, frailty
Thank you, consequence
Thank you, thank, you silence

The moment I let go of it was
The moment I got more than I could handle
The moment I jumped off of it was
The moment I touched down

How 'bout no longer being masochistic?
How 'bout remembering your divinity?
How 'bout unabashedly bawling your eyes out?
How 'bout not equating death with stopping?

Thank you, India
Thank you, providence
Thank you, disillusionment
Thank you, nothingness
Thank you, clarity
Thank you, thank you, silence

Alanis Morisette

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Um dia (a)normal

Tu, oh anjo das asas de fogo! Tu que me abraças, que me embalas! Tu que me proteges! Tu que sussurras ao meu ouvido o caminho, tu que me fazes companhia quando estou sozinha! Será que podes dar-me a mão hoje? Para eu dormir mais descansada. Amanha o dia é longo. O vento vai ser mais forte, talvez chova, talvez não. Dá-me a mão como quando era pequenina e não sabia atravessar a estrada. Como quando eu caía no passeio e rasgava as meias e esmurrava os joelhos. Hoje preciso da tua mão, porque não consigo dormir, porque hoje me sinto pequena demais para atravessar a cidade, porque caiu um bocadinho de mim que ficou pelo passeio.


Atravessei a rua cantarolando, o vento dava-me na cara. Depois de uma noite muito atribulada com sucessivos despertar a pensar se seriam já horas de comer os cereais e ir para a faculdade lá acabei por acertar na hora. Tomei um duche bem quente, comi um prato de cerais com iogurte e saí.

Passei os meu "primos" cá do sítio e fui até a paragem do autocarro. Andar de transportes é uma seca brutal, pensei. Mas rapidamente me lembrei que tinha comigo o meu rico mp3 com uma colectânea bastante agradável: desde norah jones, a ben harper, joss stone, john legend, alanis morisette, cold play, dave matthews band, etc… Tudo boa musica. Óptima banda sonora enquanto se vê passar as ruas sempre iguais, sempre com pessoas iguais... lá fui até ao metro. Eram 9:50h e ainda estava a entrar no metro. Terrível trânsito! Lá fui toda contente a ouvir a minha musiquinha. Desconfio que acabo por balançar o andar conforme o ritmo... tento manter-me séria mas não consigo. Desconfio que de vez em quando até solto umas notas desafinadas da minha belíssima voz... metropolitano adentro desci a enorme estação e fiquei em pé à espera do transporte uma vez que quem estava ao meu lado poderia precisar mais do banco que eu.

Finalmente! Já sei a posição em que me tenho de por para ficar mesmo em frente a porta do metro quando abre... três quadrados a contar da esquina da parede.
Pi-pi-pi. Consegui lugar sentada. Boa!
A minha frente uma senhora que ainda se adivinhava entre lençóis embrulhada num xaile de linha castanha bordado. Cara bolachuda e olhos fundos. Lábios finos e sobrancelhas quase inexistentes. Um cabelo desgrenhado mal pintado de vermelho. Sapato aberto a contra-balançar com o xaile e a camisola que trazia. Sentada, de olhos fechados com as mão sobre o colo. Uns dedos longos e gorduchos que eram apertados por dois anéis, um em cima do outro, para nenhum fugir.

Depois de quatro paragens a senhora abre os olhos e murmura qualquer coisa que ninguém percebeu nem deveria perceber, e levantou-se. Apeteceu-me segui-la só para ver onde tal personagem se ia aninhar agora? Mas não... fiquei por ali, já tinha destino traçado.

Entretanto, já um senhor se tinha sentado a minha frente. Era relativamente novo, com bigode, por isso talvez parecesse mais velho, mas posso garantir que não teria mais de 35-36 anos. Vinha bem vestido. Roupa informal mas bem escolhida, as meias a condizer com a cor dos sapatos. Casaco de cabedal. Lenço ao pescoço verde musgo que realçava a cor dos olhos. Pasta na mão. Ali ia ele. Para algum lado iria… Pasta entre as pernas poisada no chão sem medo de quem passa, como quem já conhece os cantos á casa, jornal na mão olhava para o vazio daquela janela escura que apenas deixa ver o reflexo de quem esta dentro do comboio. Lá ia embalado nos seus pensamentos. E ia muito bem.

Chegado ao Marquês saí eu e ele e cada um seguiu seu caminho.
Lalala.... save room for my love.... Lalala....

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Há vários caminhos.
E há várias maneiras de
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaac
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaainha
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar ...
Passa a palavra!

domingo, 21 de setembro de 2008

The Winner Takes It All

Boomp3.com

Meryl Sreep

Crush



Dave Matthews & Tim Reynolds

Caminhos

Solta-te, abre os braços e entrega-te ao incerto! Não te prendas a ti próprio… Segue o teu caminho como quem tem o seu caminho e mais ninguém o pudesse percorrer.
É que quem faz a nossa estrada somos nós e não há duas pessoas iguais, assim, não existem caminhos sobrepostos.
Posso dizer-te, seguramente, há sim caminhos paralelos, caminhos que nos levam ao mesmo lugar, mas cada um é individual. Nunca leves ninguém nos braços, nem deixes que te transportem por algo que não é teu.
Orgulha-te do que constróis todos os dias, orgulha-te de quem és todos os dias, orgulha-te dos teus passos por essa tua estrada pois ninguém mais pode dá-los por ti! Mesmo que tropeces, levanta-te e segue. O caminho não pertence a mais ninguém. E só tu sabes onde te leva.
E ate podes encontrar uma estrada paralela com a minha mas ninguém sabe o que está ao nosso lado. Quanto mais perto mais longe. Quanto mais longe mais incerto. Quanto mais incerto mais teu, mais meu, mais de todos aqueles que abrem os braços e se entregam. Sem medo de sofrer, porque na vida é suposto sofrer, tal como é suposto sorrir. São duas certezas de quem vive e têm igual probabilidade de acontecer. O segredo é conseguir ver o copo meio cheio ou meio vazio.
O caminho não acaba? Talvez não… nunca falei com ninguém que tivesse chegado ao fim. Há sempre mais alguma coisa para lá do atingível, e quem disse que não é atingível também? Não seria mau sinal darem os nossos caminhos por terminados? Sim eu acho, a preguiça e o conformismo são características não compatíveis de quem tenciona ir mais além.
Mas nunca te esqueças: não ouses percorrer o caminho de ninguém! Ele te levará. E tu não levaras nada dele, a não ser infelicidade.
Supera-te, porque és capaz tanto como eu, ou outra pessoa qualquer. Basta sorrires para superares a dificuldade de te sentires pouco seguro no teu caminho para casa.
Sabias que os caminhos são infinitos? É verdade. E há muitos que se cruzam com o teu. Há muitos paralelos com o teu. Mas tu tens lá o teu lugar onde quer que vás.
Por isso, abre os braços e entrega-te de alma e coração a ti próprio.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sair, aprender e ter iniciativa.

"Os universitários portugueses estão cada vez mais diferentes dos europeus. A maioria vive em casa dos pais, não trabalha durante o curso e vai de carro para a universidade. Nada disto os estimula a serem empreendedores ou a amadurecerem para a realidade profissional mais dura que terão de enfrentar.

Nos últimos 20 anos o sistema universitário português convergiu com o dos restantes países europeus em muitos aspectos. Hoje os alunos entram para universidades com uma elevada proporção de docentes doutorados no estrangeiro, que em muitos casos ensinam as mesmas matérias que leccionaram em Inglaterra ou nos Estados Unidos da América. A Internet dá-lhes acesso aos mesmos conteúdos que os seus colegas europeus, uma realidade distante da vivida no passado em que dependiam de bibliotecas mal apetrechadas. E o programa Erasmus trouxe também excelentes oportunidades.
O outro lado da moeda surge quando se olha para estatísticas onde se lê que Portugal é o segundo país da União Europeia com maior percentagem de estudantes universitários a viver em casa dos pais e a estudar na mesma cidade onde cresceram, sendo simultaneamente um dos três países da UE onde menor percentagem dos universitários trabalha durante o curso. Na Suécia, um dos países mais ricos da Europa, cerca de 60% dos alunos trabalham durante o curso. Em Portugal são menos de 15%.
Nestes aspectos a experiência vivida nas universidades portuguesas é muito diferente da europeia, e tornou-se ainda mais diferente nos últimos 10 anos. A expansão das vagas permitiu aos estudantes um maior leque de hipóteses. A maioria dos alunos escolheu ficar na universidade ou politécnico mais próximo de casa. O resultado foi a criação de universidades mais regionais, onde a maioria dos alunos têm mais de 80% de colegas da mesma região. A isto acresce que, em média, apenas têm 0,7% de colegas oriundos de outros países comunitários.
A decisão de ficar em casa dos pais em muitos casos é determinada por factores económicos. No entanto, o parque automóvel de metade dos estudantes e sua expansão nos últimos anos demonstra bem que em muitos outros casos não o é. Os estudantes portugueses são os únicos europeus para quem o carro é o meio de transporte mais usado para chegar à universidade.
Porque é que isto é importante? Quais são as implicações destas diferenças?
Para a maioria dos jovens europeus a experiência universitária passa por conquistar um espaço de autonomia individual, com mais liberdade mas também maior responsabilidade. Os estudantes ingleses ou holandeses aprendem a cuidar de si e a serem independentes. Têm de trabalhar para poder fazer viagens ou comprar uma guitarra. Têm de gerir a sua própria vida e o seu orçamento. Quando saem do curso muitos têm experiência de trabalhar e de valorizar o dinheiro ganho com esforço.
A maioria dos seus colegas portugueses tem o carro que os pais lhes oferecem, se oferecerem, e faz as férias que os pais lhes pagam. O que conseguem ter ou fazer não depende em nada da sua iniciativa ou do seu esforço. Esta é uma lição de "desempreendorismo" que vão aprender durante três, quatro ou cinco anos de universidade.
Por outro lado, acabam o curso já com o vício de ter carro e o hábito de viver numa casa com as condições que os seus pais apenas conquistaram aos 50 anos. Depois entram num mercado de trabalho onde dificilmente conseguirão um rendimento que permita tais "luxos". Situação que, aliada ao facto de maioritariamente estudarem na cidade onde cresceram, limita fortemente a sua mobilidade geográfica. Já a maioria dos estudantes europeus sai de casa aos 17 anos, mudando de cidade. E depois, muitas vezes, aos 21 começa a trabalhar numa cidade diferente. Esta mobilidade permite um melhor encontro entre as qualificações dos licenciados e o que o mercado procura, ajudando a diminuir o desemprego e a aumentar a produtividade.
Em Portugal acaba por se criar um ambiente que faz com que a experiência universitária para muitos alunos seja um prolongar dos anos de liceu. Mantêm os mesmos amigos, continuam em casa da família, gastam muitas horas a ver televisão e não criam novos hábitos culturais. Este facto é, aliás, muito comentado pelos alunos que regressam do programa Erasmus. A participação neste programa europeu é, sem dúvida, um dos aspectos mais positivos dos últimos anos. A percentagem de alunos portugueses a estudar noutros países europeus aumentou entre 1998 e 2005 e manteve-se ligeiramente acima da média europeia. Ainda assim só entre 5 a 10% dos alunos beneficiam desta experiência.
O exemplo do programa Erasmus ou dos programas de mobilidade internacional para recém-licenciados servem para mostrar que há oportunidades muito interessantes. E existem tanto no estrangeiro como em Portugal. Quem ensina vê muitos alunos a aproveitá-las ou mesmo a criá-las, envolvendo-se com Organizações Não Governamentais, participando em grupos de teatro, orquestras, tunas, coros e muitas outras actividades em que vão aprender tanto ou mais que nas cadeiras do curso. Vê que os alunos que saem do seu conforto e têm iniciativa aprendem muito com esta experiência. Mas vê também que ainda são uma minoria.
São os alunos que têm de decidir se querem aproveitar estas oportunidades. Mas cabe aos pais e aos professores incentivá-los a quererem ser diferentes, a estarem abertos a novas experiências e a interessarem-se por aprender. Infelizmente na próxima semana começa a praxe nas universidades, que se prolonga por vários meses, seguindo um modelo do tipo militar, em que os alunos ficam em sentido, marcham e recebem ordens e insultos como se estivessem na recruta. Modelo que serve bem os propósitos da formação de soldados, onde a uniformização e o sacrifício do indivíduo face ao grupo são objectivos importantes, mas que dificilmente se percebe na universidade, onde a criatividade, inteligência e imaginação deviam liderar."
Manuel Caldeira Cabral, in Jornal de Negócios

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Cai Neve em NY

Aqui a alguns dias atrás fui ver um concerto de José Cid. Não estava à espera de gostar tanto do momento em si. A ligação entre músicos e plateia foi muito boa e dei por mim a saltar como se não houvesse amanhã ao som desta e de outras músicas.

José Cid

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Listen



Listen to the song here in my heart
A melody I start but can't complete
Listen to the sound from deep within
It's only beginning to find release
Ohh the time has come for my dreams to be heard
They will not be pushed aside and turned
Into your own, all 'cause you won't listen
Listen
I am alone at a crossroads
I'm not at home in my own home
And I've tried and tried
To say what's on my mind
You should have known
Now I'm done believing you
You don't know what I'm feeling
I'm more than what
You've made of me
I followed the voice, you gave to me
But now I've gotta find my own
You should have listened
There was someone here inside
Someone I thought had died
So long ago
Oh I'm screaming out
And my dreams will be heard
They will not be pushed Aside or turned
Into your own
All 'cause you won't listen
Listen
I am alone at a crossroads
I'm not at home in my own home
And I've tried and tried
To say what's on my mind
You should have known
Now I'm done believing you
You don't know what I'm feeling
I'm more than what
You've made of me
I followed the voice, you gave to me
But now I've gotta find my own
You should have listened
I don't know where I belong
But I'll be moving on
If you don't, if you won't
Listen to the song here in my heart
A melody I start, but I will complete
Now I am done believing you
You don't know not what I am feeling
I'm more than what you've made of me
I followed the voice you think you gave to me
But now I got to find my own - my own

Beyonce

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Uma Nova Era já Começou!

"Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução, uma nova Era já começou!
As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que há cerca de 3 meses começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução "a sério" e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar. Mas falo, seguramente, duma Revolução!
De facto, há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
...tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou! Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":
  1. A Crise Financeira Mundial: desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED,o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado(eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...
  2. A Crise do Petróleo: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a inflação controlada, etc...
  3. A Contracção da Mobilidade: fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.
  4. A Imigração: a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!
  5. A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
  6. A Europa Morreu: embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
  7. A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia... helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).
  8. A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum...
  9. O Ressurgir da Rússia/Índia: para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!
  10. A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.
Contrariamente a um comentador que muito estimo pelo seu brilho e inteligência (Carlos Magno, programa "Contraditório" da "Antena 1", 13de Junho) eu não acho que o Mundo está "a entrar num crepúsculo"(sic).
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!..."
Carlos Lacerda

domingo, 31 de agosto de 2008

QuickList

http://www.youtube.com/watch?v=Y72jRaoRvHs

http://www.youtube.com/watch?v=i0hTJF7xqV0

http://www.youtube.com/watch?v=sfBw0IWwO5U

http://www.youtube.com/watch?v=QRqjZtr6JaE

http://www.youtube.com/watch?v=YuRiNY4X2bA

http://www.youtube.com/watch?v=x_JTgRbfbGI

http://www.youtube.com/watch?v=_PVyld0ubpo

http://www.youtube.com/watch?v=Hm0g5trWV9c

http://www.youtube.com/watch?v=ElY5Gr845Fw

http://www.youtube.com/watch?v=HhZ5-L9znt8

http://www.youtube.com/watch?v=DxIb3Z053FU

http://www.youtube.com/watch?v=hxsN1Nnc9G0

http://www.youtube.com/watch?v=zLDIcIrZO8Y

http://www.youtube.com/watch?v=Bc-Fw73zYi4

http://www.youtube.com/watch?v=FAPtTS0TYtU

http://www.youtube.com/watch?v=9vopaDE_9aE

http://www.youtube.com/watch?v=r920QgrvfQU

http://www.youtube.com/watch?v=quEBsjd-qjg

http://www.youtube.com/watch?v=7Y68m23x4Nc

http://www.youtube.com/watch?v=fawOrelje7k

Carta

Senor Apolinario

Ando por aci na mina casina ce so tein cuatro paredes e uma porta, nein janelas tein, mas eu sitome munto felis. Gostu munto de pegar no meu jira discus e ovir a muzica ce coprei o dia ce fui a fera, so teno o discu e oiso sempri a mesma muzica mas dexame munto felis mesmo sendo uma muzica trist. sao la as coizas ce ningein consege espelicar. a mim dame pa riri. sou mesmo asin ate cuando estou nervoza me riu de mim propia e penso "ai Maria da Assunção pareses uma tonta" mas sou mesmo felis asin. Ja le dise ce econtre uma bisicelta? fui pasear o bocadino, no munto ce as minas pernas no mo otorizam, e econtre uma bisicelta velina. e vremela mas penso pitala de azul porce gostu mai de azul. se as minas pernas dexarein eu o dia vou nela e eide xegar a o sitio difereite.
mas eu ate sou felis aci. no teno munta jente pa covresar, einfin a vida e memo asin, ma ate gostu deste sosego. teno os pasaros e os isetos ce de ves ein cuando por aci aparesein. divirtume memo senor Apolinario a falar co eles e ele ate ce me ovem ma depoi escesem logo o ce eu digo. sao melores ce as pesoas la da fera a ce fui uma ves. foi la ce cuprei o discu. o jira discus ja o tina me pai. sempre vivi aci neta casina pecena de cuatru paredes e uma porta ma e o unico lugari ce e memo meu e me conese. foi aci ce vivi todo os dias e como tiv dias trites tombein os tiv cotentes e etas paredis san das unicas ce sabein. e aci ce me sito felis. aida xegei a ter uma ortina aci ao lado, sabia senor Apolinario? ma as minas pernas no dexavain andar todo o dia a trata da tera e ela acaboi por morer. ma sempre me arajo. a Timariconseisao trasme uma verduras la do seu pedaso de terenu ce e bein maior ce o meu e tein coives, senoiras, batatas, peras, tumatis, masas e de ves ein cuado tombein se arajam uis nabos e umas aboboras ce ficein munto bein na sopa. no e pa me gabar ma o senor Apolinário nuca deve ter provado uma sopa toin boa coma mina. sou memo felis a comer a mina tijelina de sopa. e a Timariconseisao tombein ja provou e gosto munto. sei ce no teno munto jeto pa escrever e ate doi algus eros porce escrevo come me soa as palabras, tombein nuca fui a ecola. gostava munto de reseber o senor Apolinario o dia ca em caza e eu podia mostarle o jira discus e a muzica e fazerle uma sopina pa o senor Apolinario. eu ficava munto felis.

cuprimeintos
Maria da Assunção

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

The Story



Brandi Carlile

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Abordagem Sistémica dos Meus Objectivos de Vida (a curto-prazo)

Prendem-se um pouco mais com a minha vida profissional e de estudo, porque acho que é o que preciso realmente mudar. E por acréscimo talvez mude um pouco a minha personalidade, mas é o que sinto que é correcto fazer para me sentir bem comigo mesma.
1) Meta
É complicado para mim reduzir tudo o que tenciono atingir a uma única meta. Acho que o percurso terá várias metas pela frente (daquelas que funcionam como boxes de uma corrida de Formula 1)
2) Objectivos
a) Conseguir fazer Contabilidade com nota igual ou superior a 13
b) Repetir a proeza com Macroeconomia
c) Fazer todas as disciplinas a que me inscrevi este semestre
d) Tirar a carta (ou pelo menos começar)
e) Aproveitar acções de formação, mini-cursos e palestras que possam enriquecer a minha formação profissional
f) Fazer melhoria da nota de Microeconomia para um 14 ou superior
g) Inscrever-me num estágio de Verão
3) Estratégias
a) Olhar para o dia-a-dia de uma forma construtiva
b) Aplicar-me diariamente e levar o estudo organizado todos os dias
c) Reduzir as saídas e distracções pessoais: amigos são amigos, trabalho é trabalho e há alturas para tudo, assim como prioridades
Ao fim de tudo acabo por descobrir a grande Meta: auto-satisfação (aquele sentimento que demos tudo por tudo e chegamos o mais longe possível).
Acho que é tudo uma questão de auto-estima e confiança em nós próprios. E claro: muito trabalho (bem feito).
É difícil assumir e deixar escrito algumas coisas que poderão não corresponder futuramente, mas que se lixe! Nunca fui de baixar os braços e entrego-me totalmente a mim mesma, que sou quem mais me merece!
Passaram alguns dias e eu não tive oportunidade de escrever nada aqui.
Com os dias, passaram também muitas coisas por mim.
Fui passar o fim-de-semana com a avozinha, aquela senhora doce de pele muito branca e cabelo floco de neve, com uns olhos azuis lindos. Não é para me gabar, mas tenho uma avozinha linda, que cozinha muito bem e tem paciência para aturar o mundo, porque não muito que este lhe possa esconder. Foram uns bons dias.
Aproveitei para me repor na diversão, como tinha estipulado para mim: esquece o que te rodeia, vive para ti e sê feliz com o que tens de bom na tua vida. Foi o que fiz.
Tenho a sorte de ter pessoas que me adoram e que eu adoro com a mesma intensidade.
Já segunda-feira "entreguei-te" ao avião que te levou para tão longe. Não sei muito bem como dizer o que sinto. É um misto de saudades antecipadas, (porque se adivinham seis longos meses em que vais estar ausente) e um conformismo, porque as coisas são como têm de ser. Não é um desistir de lutar por aqueles que amo, mas é uma forma de ver as coisas por um lado positivo, sem castelos nem abismos: "que será, será".
Ontem á noite fui tomar um café numa esplanada bem agradável e com ainda melhor companhia. Falei, falei e adorei ouvir aquela voz... como tinha saudades!
E pronto... hoje é outro dia, que começou, para mim, à pouco e sobre o qual não tenho muito a dizer.

2h45min em Lisboa

Já é tarde mas não durmo. Acho que só conseguirei dormir descansada quando te sentir respirar ao meu lado.
Fiquei com as palavras pendentes. Separa-nos uma hora de diferença: se para mim é tarde, imagino para ti. Realmente, é algo que numa mensagem não cabe porque é do tamanho do mundo o que transporto.
Amo-te. Demora dizer e não cabe numa pequena mensagem. E já são 2h45min para mim, e é tarde para te estar a aborrecer com as minhas coisas.
Foi a palavra. Ficou pendente e não deslizou. Porque tu sabes, sem eu dizer.E não muda, nem cedo, nem tarde. É igual!
Mas terá mais sabor quando conseguir dormir descansada: quando te sentir respirar ao meu lado.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

I Will Follow You Into The Dark



Death Cab For Cutie

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

in "A Queda do Império"

(como resposta a um belo texto de "El Comandante")

A persistência de seguir os nossos caminhos nem sempre é compreendida pelos que nos rodeiam.
Há que confiar na nossa capacidade de escolher o que é melhor para nós, (sem deixar de ouvir os que nos amam) mas com o espírito crítico, que cada vez mais esmorece na nossa sociedade.
O erro pertence a quem o faz. Não é fácil admitir, seguir em frente e continuar a lutar por nós e pelos nossos ideais. Mas não vale de nada escondermo-nos. Quem vale a pena não esquece, mas perdoa e primeiro há que nos perdoar a nós mesmos.
Só assim conseguimos apanhar as pedras do caminho que nos ferem, de modo a conseguir ultrapassar os obstáculos, sem nunca nos desviarmos do caminho que escolhemos. Na maior parte das vezes, o caminho mais fácil não é o melhor caminho.
As pessoas fazem-me lembrar galinhas: quando uma tem uma ferida, vão todas bicar no mesmo sítio.
Que se deixem para trás as penas. Há que transportar sempre o orgulho de sermos quem somos e viver o dia-a-dia com a alegria de quem deve e pode ser feliz!

The Sad Song



Fredo Viola


Dois dias sem muito para dizer...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Catástrofe

Aqueles que agiram bem acabam por ser apoiados, por ter um qualquer reconhecimento, e a dor não será a única paga que recebem.
Francesco Alberoni

Todos nós, no decorrer da vida, passamos por momentos em que nos confrontamos com dificuldades assustadoras e impossíveis de prever. São forças que destroem tudo aquilo que conseguimos com anos de esforço e de trabalho. Nessa altura, somos derrubados pela dor e pelo desconforto e sentimos que fomos afectados por uma profunda e abissal injustiça. Vamos conseguir viver, se tivermos um comportamento considerado moralmente aceitável e se, no fundo da nossa alma estivemos convencidos de que, para além das aparências, a sociedade e o mundo em geral possuem uma harmonia subjacente, uma “sensatez” ética. Estamos sempre à espera que exista uma relação entre méritos e recompensas. Aqueles que agiram bem acabam por ser apoiados, por ter um qualquer reconhecimento, e a dor não será a única paga que recebem.
Para isso, perante o “não”, perante a desgraça que nos atinge repentinamente depois de termos agido de forma exemplar, ou quando foram outros que nos derrotaram e que nos traíram, sentimos uma enorme dor moral. Sentimos isso como uma monstruosidade, algo que vai contra as leis da lógica, da justiça e da natureza que deveriam estar na base do cosmos. Ficamos vazios, sem energia, num mundo sem sentido, à mercê de forças irracionais e de malvadezas. E somos derrubados pelo desespero.
É esse o momento da maior tentação, da tentação mais perigosa que consiste em rendermo-nos. A tentação fatal de deixar de sentir, de pensar, de combater.
Como o alpinista que, exausto, se deixa cair na neve e quase adormece quando deve fazer um esforço sobre-humano e continuar a caminhar, se não quiser morrer gelado, se quiser salvar-se. É que, mesmo em caso de insucesso, de uma catástrofe, é quase sempre possível fazer alguma coisa. Basta pensar em todas as pessoas que conseguiram curar-se combatendo as suas doenças.
Quantos cientistas e artistas foram denegridos e depois acabaram por se impor, quantos empresários, depois de terem batido no fundo, criaram novas empresas, quantos políticos derrotados se conseguiram reerguer e vencer…
Perante a catástrofe, nunca devemos entregar-nos ao desespero. Sobretudo quando arrastamos outros connosco. Quando tudo nos parece absurdo, injusto e irracional, temos de reagir com coragem e sermos racionais. Podemos recuar, baixar-nos, e até rastejar no chão para evitar os ataques, mas sempre mantendo intacta a vigilância, a lucidez, a vontade de encontrar um estratagema, um buraco, uma saída. Que existe sempre. Ou então é mais cómodo entregar-se à rotina.

Como Vai Você?



Passei todos os meus dias daquelas duas semanas a trautear esta música. Por onde andava ela era entoada como se não houvesse mais ninguém à volta. Sem querer saber se estava no tom certo ou não. Todas as palavras têm sentido, tudo se conjuga com o meu desejo de te ver, de te ter uma ultima vez.

Amor? Como vai você?

Please Me Like You Want To

Don't do me any favors
Matter of fact why don't you
Do yourself a few
Your presence ain't nobody's blessing
I've got plenty of other things
I could do
Oh no, not another excuse
Your tired silly games
For me are just no use
And now it's plain for me to see
You're with somebody
That you don't want to be
So won't you
Please please me like you want to
Not like you have to
Or won't you just go on and leave me
Leaving me is the least that you could do
You could have spared me
So much misery
And told me you just wanted
A friend
Believe me there is a difference
When you mean it
And when you pretend
Or was I just your habit
Cause I know a habit
Is a hard thing to break
But won't you spare me
A little mercy
There's only so much
So much that I can take
So won't you
Please please me like you want to
Not like you have to
Or won't you just go on and leave me
Leaving me is the least that you could do

domingo, 17 de agosto de 2008

Hoje dediquei-me às folhas de um livro por meros minutos. Depois de ler umas 15 páginas em inglês arcaico que demorou um pouco a decifrar e a ser totalmente compreendido tirei algumas notas do que me ficou mais perceptível e guardei cuidadosamente no meu dossier.
Sentei-me na minha cadeira verde da secretária e encostei-me, recostei-me e deixei-me estar a pensar. Ultimamente só penso em ti, e em mim. Assim fiquei algum tempo a imaginar o que estavas a fazer, sem prestar muita atenção ao que se passava à minha volta. Só depois percebi que o que devia estar a fazer naquele momento era a aproveitar o tempo em algo útil em vez de estar parada a chorar magoas.
Desci ao escritório para ver as fotos de família que se tinham tirado naqueles quinze dias na praia. De entre 836 fotos, 23 são minhas, 56 do meu irmão, 19 da minha mãe e 44 do meu pai. As restantes são de amigos ou paisagens, umas quantas abstractas... enfim, uma panóplia de fotos para todos os gostos que se vêem três vezes e nunca mais ninguém lhes liga e ficam arquivadas numa pasta perdida entre muitas outras que já ninguém se lembra que existem.
Hoje realmente não se passou nada de extraordinário comigo. Apenas um dia em que vou deambulando entre quarto e sala, computador e TV, e sei lá mais o quê... Mas como estou de férias, e isto do novo blog é muito giro no principio, decidi saltar por aqui. Para dizer nada, enfim.
Enquanto falo contigo vou escrevendo o que me vai na alma. Para desanuviar das saudades que sinto. Parece que quando escrito não ocupa tanto o coração.

"devias estar aqui comigo
íamos todos os dias à praia
depois para uma tasca junto ao mar petiscar
e depois voltamos para casa para dar um mergulho na piscina
e a noite vamos aos bares na cidade, junto ao mar"

Sim! Sim! Pensava eu enquanto lia as tuas palavras. Vá la! Vem raptar-me que esse é o sonho de qualquer mulher. Ser raptada pelo homem dos seus sonhos!

sábado, 16 de agosto de 2008

Come Sei Veramente

Não existem sempre tantas certezas de que tudo correrá como o previsto? Que não pode ser diferente daquilo que programamos? Mas as vezes é tudo tão diferente e inesperado.
Quem me dera conseguir martelar as pedras do caminho com a mesma delicadeza com que o piano toca estas notas. E soprar ao vento que te leva sempre para mais longe de mim que o caminho é o traçado por minhas mãos e não é essa a direcção certa a tomar. É que todas as certezas se desvanecem num simples olhar para o futuro... Se houver futuro... Nem isso sei dizer...
Quem me dera conseguir dizer com a firmeza de quem nada teme que tudo correrá bem. Mas eu sei que isso pode não ser verdade... Como eu sei isso... "Come sei veramente!"


Pequena Introdução

Escrevo mais como um rascunho. Porque depois de escrever nunca gosto muito de (me) ler. Parece que disse sempre alguma coisa a mais e alguma coisa a menos. Parece que depois de escrito continuo a não levar muito a serio aquilo que digo. Talvez porque goste de fantasiar um pouco sobre mim ou inventar histórias de alguém real que não eu. Mas isso é a essência de escrever certo?
Crio este blog, apesar de segundo, como se fosse o primeiro. Porque amadureci algumas ideias, mudei a minha forma de ver o mundo e os outros a minha volta. E quero com ele dar a conhecer o meu dia a dia, para quem quiser ler, sem flores e sem nuvens negras, tal e qual como é. O que sinto e o que penso. De forma simples com a minha simplicidade. Nunca fui de muitas palavras.
Avizinha-se uma nova vida. Muitas mudanças que nem eu sei prever exactamente. Algumas
fora de mim que mexem comigo (como geralmente é mesmo a vida): o querer tornar-me um pouco mais egoísta, mais aberta para o mundo, mais atenta com o que me rodeia e não me perder tanto naquele mundo imaginário em que vivia rodeada de mim e das minhas preocupações interiores, a tua ausência prolongada a qual não sei prever apesar de já a estar a sentir, o encarar de objectivos que ate agora nunca senti como meus apesar de os querer para mim, etc...
Tantas outras coisas que irei descobrir por mim e com a ajuda do envolvente quotidiano.

Agora, mãos á obra!