quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Foi um dia feliz!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Friday, I'm in Love


Lá, lá, lá...
Apetece-me dançar esta música, mas não sei como... Ensinas-me?



The Cure

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Jogo do Sério

Senta-te a minha frente e tenta não rir, não esboces um sorriso sequer. Mantém-te na frieza do ser, logo serás mais do que uma folha de papel ou palavras soltas sem sentido. Agora escreve em mim a tua historia, vem desenhar o teu nome em mim, o teu destino final. Perde-te e eu encontro-te mas não te rias. Pensa em mim, ou noutra coisa, pensas no que quiseres mas mantém a mesma expressão facial para que não se desmanche o momento sereno que criamos. Fecha os olhos de vez em quando que ajuda a centrar os pensamentos, ajuda...
"Ahahahaha! Sou mesmo terrível a jogar ao sério!"

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

- Tu és louco e as tuas loucuras deliciam-me os dias. - disse Sílvia Portijo depois de trincar metade de uma bolacha que estava em cima da mesa de madeira, esquecida desde o pequeno-almoço. Rapidamente se arrependeu de tal gesto, que a bolacha esfarelou-se sujando o seu colo com migalhas de chocolate.
Ele olhou demoradamente para aquela mulher com corpo de menina. Magra demais, talvez; com traços finos, toda ela dessa natureza: ancas finas, ombros frágeis e feições que lhe faziam sobressair o sorriso. Não o fazia muitas vezes, mas fazia-o demasiadamente bem para ser apenas mais uma rapariga. As migalhas de chocolate tinham sujado o seu vestido de flores, antigo, com flores coloridas que contrastavam com a sua pele pálida. Um vestido que lhe fazia sobressair a cintura com uma fita de seda amarela. Apesar do seu tom pálido a sua saúde transparecia em todo os seus gestos: a sua cara rosada, os seus olhos verdes muito vivos, o seu cabelo negro brilhante que geralmente vinha solto e um pouco despenteado dando-lhe um ar de menina traquina, e que hoje vinha atado de lado com uma flor a rematar o pormenor.
- Deixa-me ajudar-te com isso Sílvia. Eu limpo o chão! Vai lá tratar do teu vestido...

Ela levantou-se lentamente, com cara pensativa, um sorriso enigmático que o fez estremecer. Correu para o rádio da sala, fez o ritual de tocar em trinta botões e ligou a máquina. "Salif Keita"




e as suas mãos no ar, balançava o corpo por aquela sala comprida ao som daquela música. Já tinha espalhado todo o seu perfume por ali, de olhos fechados seguia dando voltas a mesa e às poltronas de tecido sem tropeçar no candeeiro de pé alto. Já sabia aquela sala de cor que desde pequena, e Ricardo Nunes era testemunha disso, dançava por ali de olhos fechados e rodopiava como se entrasse num exorcismo de felicidade.

- Ricardo! Junta-te a mim! Vamos dançar!
- Mas não vais lavar o teu vestido?
Na realidade as migalhas já tinham sido espalhadas pelo chão e já não existiam mais aos olhos de ninguém.
- Não sei dançar... - respondeu Ricardo, tentando esconder a timidez detrás da vassoura que tinha pegado a pressa assim que ouviu o pedido. Já tinha sido alcançado por Sílvia que lhe pegou na mão e, praticamente, lhe arrancou a vassoura laranja. Puxou-o para o meio da sala como fazia quando eram pequenos, e ele lá se deixava ir... Meio contra vontade, meio por satisfeito de ver aquela rapariga bailar tão feliz. Ele lá ía por arrasto.
-Não sei dançar! - Tentou chamar a atenção do quanto incomodado estava de ser arrastado pelo salão de festas, tropeçando em mesas e cadeiras, no tapete...
- Não fales! Sente a música...
Aproximou-se dele e sentiu-lhe o corpo tenso, sem vontade. Olhou-o nos olhos e deu aquele sorriso brutalmente devastador de más disposições. Parou no meio da carpete ao lado da lareira que nesse dia fumegava lentamente. A madeira do soalho tinha então parado de ranger e começava a estalar e a voltar à sua posição natural.
A música agora era outra,




o som mudava de alma, e a alma precisa de tempo para ser vontade.

Ele era um louco, era belo e ela adorava o seu ar despreocupado, a sua maneira de por a boca quando pensava concentrado em algo, adorava o seu olhar perdido no espaço quando pensava...
- Vamos... - foi interrompida pelo gesto de silêncio delicado de Ricardo.
- Vamos ficar em silêncio, ouvimos a música, rimos, vamos até a varanda fumar um cigarro, conversamos lentamente, para que não se perca nenhum momento da tua voz, e nenhum momento da minha capacidade de te escutar, danças para mim se quiseres, mas eu gosto só de olhar-te.

- Era o que eu ia dizer... sabias que me adivinhas os pensamentos?
Levantou-se para sacudir as migalhas, e correu para o seu quarto para trocar de vestido enquanto gritava "Obrigada Ricardo! Limpa lá o chão num instante que eu já estou atrasada..."

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sou Metade de Mim

Abraço os dias, sinto-te a pele e limpo-te as feridas, dou-te beijos e sorrirei para ti as vezes que forem necessárias para te ver sorrir. Quero-te ao pé de mim todos os dias, apesar de ser feia, sou bonita na alma, sei sentir os teus olhos e os teus olhares, e leio a tua mente sem precisar de ouvir a tua voz. Quando falas eu não te ouço, eu escuto o que dizes, porque quero perceber cada palavra e cada sílaba e os seus sentidos e os teus sentidos, colecciono-os.
Lamento não estar presente. Quero ser feliz a minha maneira.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tengo

Tengo y lo que tengo lo mantengo a base de amor y fe.
Siento que si no estas no corre el viento quizas afuera si, pero no dentro de mi.
Vengo sin maletas con lo puesto y esta cancion mi remedio, vitamina para vivir.
Vuelvo y a teneros si estas lejos como el trueno cuando pasas junto a mi.


La melodia de una rumba me dijo el secreto, no esta en la tumba sino en el vivir.
Y viviendo a todo trapo olvide caminar despacio y las heridas de mis pies en ti.
No cantare a lo que desconozco, solo a lo que entro en el fondo como el poso del vino que bebi.
Y antes de emborracharme brindare mirando a tus ojos y gritare el secreto es el amor que siento por ti.

La primera leccion aprendi, pero olvide el cuaderno al salir.
En la escuela de la vida no se puede repetir.
Asi que voy lapiz en mano tomando notas y callando, a veces es mejor no decir.
Aprendi a alzar las velas, aguantarle a la marea y a romper las olas del mal vivir.
Y es que el vaso medio lleno - medio vacio, mi niña, solo depende de ti y de mi.

Y no se es mas rico el que mas lleva sino el que algo tiene y lo conserva
Sin enfriarlo, sin olvidarlo en un cajón.
y no hay mayor tesoro que el que guardas en tu corazon,
No en el bolsillo triste de un pantalón.

Macaco

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Knocking on Heaven's Door


Avril Lavigne

Comunicado

Acho mal... um novo ano começou e ainda não publiquei aqui nenhum 'post' que reflicta o optimismo característico da época... Não é que não o tenha. Realmente este novo ano que começa gosto de pensar que é um pouco meu (ou nosso). Irá ser um pouco meu na medida em que espero conseguir objectivos concretos para mim, para quem me rodeia, desejos que tenho... e não falo aqui de desejos demasiado idealistas ou um tanto ou quanto utópicos, como aqueles de ir ao espaço ou ganhar o Euromilhões. Falo sim de metas que me propuz a atingir. Mas ficam mesmo só para mim que são minhas e não têm de ser de mais ninguém...
Então é assim: eu gosto de ser optimista e deixar aqui um pouco do bom dos meus dias. Assim será a partir de agora. E o último texto será deste modo, o primeiro e último 'post' com uma conotação negativa.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Queria gritar, com todas as forças que tenho no corpo, nesta mente cansada do monótono do dia-a-dia, queria sentir o sangue quente a subir lentamente a cabeça e a percorrer fervorosamente todas as veias até as extremidades. Queria gritar até me faltar o ar, até os pulmões se virarem do avesso, até sentir cá dentro o vazio de quem não tem mais angustias na alma... Fecho os olhos. Hoje sinto o peito pesado. Parece que o coração bate aos solavancos, e nem sei bem a razão, porque especialmente hoje não há razão... falta-me o ar e a vontade de o sentir. Apetecia-me...

... apetecia-me ter uma conversa mas não é o melhor dia e amanhã, provavelmente, já passou a vontade de a ter.

... apetecia-me um abraço teu neste momento, que sempre me curaste e seguraste quando tenho vontade de chorar e hoje não podes.

... apetecia-me gritar só para me sentir viva.

Mas não posso. Já não são horas e há gente a dormir...
Tento ter a força para levar o que é meu e sei que, às vezes, vai também um pouco de nós. Devo concordar que, às vezes, falta-nos a razão, mas nem no que há, há razões para nos sentirmos tão sós... Vem fazer de conta, eu acredito em ti! Estar contigo é estar com o que julgas melhor. Nunca vamos ter o amor a rir para nós... Como queremos nós ter um sorriso maior?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Casa (Vem Fazer de Conta)


Da Weasel feat Manuel Cruz

Era tudo quando ela me dizia "Bem vindo a casa!" numa voz bem calma.. Acabado de entrar pensava como reconforta a alma... Nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado e de repente, era assim do nada, como um ser iluminado.
Tudo fazia sentido, respirar fazia sentido, andar fazia sentido, todo o pequeno pormenor em pensamento perdido. Era isto que realmente importava, não qualquer outro tipo quantificação, não o que se ganhava, não o que diziam de nós... Não! Não! Não!
Um novo carro, uma boa poupança, nem sequer a família ou a tal aliança. Nada, apenas duas palavras, um artigo formavam resposta universal, a minha pedra filosofal. Seguia para dentro do nosso pequeno universo um pouco disperso, pronto, disponível para ser submerso naquele mar de temperatura amena que a minha pequena abria para mim sempre tranquila e serena.

"Bem vindo a casa" dizia quando saía de dentro dela. Bonito paradoxo inventado por aquela dama bela em dias que o tempo parou, gravou, dançou, não tou capaz de ir atrás mas vou porque sou trapalhão, perdi a chave, nem sei o meu caminho... Nestes dias difusos em que ando sozinho, definho à procura de uma casa nova do caixão até à cova, o percurso é duro em toda a linha sempre à prova.

Por isso escrevo na esperança que ela ouça o meu pedido de desculpas, de socorro, de abrigo, não consigo ver uma razão para continuar a viver sem a felicidade do meu lado... Da minha, casa doce casa, já ouviram falar? É o refugio de uma mulher que Deus ousou criar com o simples e único propósito, de me abrigar. Não vejo a hora de voltar lá para dentro, faz frio cá fora! Faz tanto frio cá fora, que eu já, não vejo a hora...