terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Hoje fui passear e soube maravilhosamente bem.

Levantei-me por volta das 8h45min, depois de 15 minutos de ronha nos lençóis. Acordaram-me às 8h30min da manhã com um alegre "Acorda dorminhoca, que tens de ir estudar!". É verdade, em época de exames tem de ser. Lá me levantei a custo, e foi mesmo a custo hoje. Tomei um banho que soube maravilhosamente bem e saí para a faculdade onde me fechei a manhã na biblioteca a estudar no meio de folhas, apontamentos e exercícios. Juntou-se a mim a Joaninha, que igualmente necessitava de um ambiente um pouco mais pesado para se divertir com uma calhamaço de "Organizational Behaviour" para ler e decorar algo que nem sabia bem o que era. Estivemos enfiadas nos livros até às 13h, hora em que o ratinho do estômago começou a dar sinal. "Vamos almoçar!". Fomos almoçar. Cada uma com o seu prato de bacalhau com natas atacamos a fome. Depois de almoço cada uma foi à sua vida, eu de volta à biblioteca (antes disso um telefonema rápido), e ela à sua aula de condução. Meia-hora passada e eu já me contorcia na cadeira de pau, o sol lá fora a rir para mim, eu com todos os exercícios feitos, mas ainda assim dentro da biblioteca.
Mensagem de texto da Joana: "Já não volto à faculdade. Vou para casa que não consigo decorar nada disto.".
Mensagem de texto da Tatiana: "Hoje não vou a faculdade, não estudei nada ainda. Nem consigo.".
Telefonema da Mariana: "Passei a Cálculo! Estou super contente!"
Remédio santo! Preciso de sol! Voltei a casa com um sorriso, pronta a festejar e acabo por convencê-la a vir tomar um café para desanuviar do estudo. Ficar em casa com este tempo é pecado!
Metro em direcção à Baixa-Chiado. Carregar o cartão sete-colinas que pedi emprestado à Mariana (devo ter uns cinco ou seis mas andam sempre perdidos) e acabamos por sair nos Restauradores que o ar livre era bem mais agradável. Depois de um salto aos saldos da H&M, entrar na Fnac (onde comprei um livro), um lanche na Brazileira, voltamos a casa, mas antes, comprar o jantar!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Monólogo

Nunca sei, nem nunca soube começar conversas… Fico a observar os momentos com vontade de falar, de encontrar a palavra certa para iniciar um diálogo, que na maior parte das vezes não deixa de ser um monologo, pois mantenho-me em silêncio. Medo de quebrar as ideias? De não as conseguir expor como vão cá dentro? De não saber como as dizer, porque penso muito mas não em como dizer as coisas. E sai sempre de forma desajeitada e confusa. Receio de interromper aquilo que me dizem, para não deixar mal entendidos, por não querer perder nenhuma expressão acompanhada de determinada palavra ou vírgula ou ponto-e-vírgula (porque geralmente não existem pontos finais na conversa; um ou outro ponto de interrogação). Quando me perguntam “não achas?” , ou “percebes?”, ou “concordas?”, eu respondo o mais curto que me lembro: “sim.”. Não é que não seja verdade, apenas pouco desenvolvido. Um dia as próprias palavras vão vingar-se de mim e vão falar por mim um monólogo meu, onde vou ser capaz de dizer tudo o que penso, cometer injurias, errar, não ser politicamente correcta, dizer que gosto e que não gosto, gritar de fúria, rir alto de alegria, ser desajeitadamente verdadeira e sincera comigo mesma. Pode ser que descubra o quão bem me conheço.

Agora compreendo o porquê do “Sabes,…” ou do “Olha,…”.

Um dia vou começar uma conversa com “Lembra-te sempre do que te vou dizer agora:…”

Amanhã talvez… Hoje tenho muito que aprender, escutando.




Peaches - Talk to me

sábado, 8 de janeiro de 2011

Excuse me Mr.

- Desculpe Senhor, pode dizer-me para onde vai este caminho?
- Não sei querida...
- Então porque continua a caminhar? Não sabe para onde vai?
- Continuo a caminhar porque assim o fiz toda a vida. Vou em busca de algo.
- De quê?
- De amor.
- De onde vem não há?
- Há.
- Posso juntar-me a si?
- Também busca algo?
- Sim.
- O quê?
- Amor.
- De onde vem não há?
- Sim, há.
- Já caminha há muito tempo?
- Toda a minha vida caminhei também.
- Sempre em busca de amor?
- Não. Já andei em busca de amizade, felicidade, perdão...
- E continuamente na mesma estrada? Que idade tem afinal?
- Tenho idade para saber o que quero mas só sei o que não quero, por isso vivo em busca constante.
- Eu tenho 143 anos.