quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lonely Teardrops

isa diz:
Ya... Aprendi a sentir falta de algumas coisas e a dar valor a qualidades de pessoas que não dava tanta importância antes. Fiquei a compreender o quão me faz falta viajar, e o quão importante sou para mim própria e que só posso contar comigo, às vezes, para resolver certas coisas.... E aprendi a sentir-me sozinha: houve alturas em que soube bem e alturas em que soube mesmo mal!
Aprendi que há mais gente boa que má, mas também existe más pessoas... enfim...
Chegas ao fim, descobres demasiada coisa que já sabias, mas era tudo teoria.




Michael McDonald

terça-feira, 24 de novembro de 2009

You're Always Beside



Kseniya Simonova

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Arde em Mim o Teu Fogo

Desenvolvo movimento entre a parede e teu corpo. Gosto de te sentir perto de mim. Sabes o que é segurares na tua pele, sentires por todo o teu corpo um arrepio só por saberes que alguém te respira o perfume? Passo ao de leve os meus braços pelo teu pescoço e puxo-te para mim. O meu cabelo foi cuidadosamente penteado duas horas antes, caracóis entrelaçam-se e caiem sobre as minhas costas antes de tu chegares. Agora já nada importa. Estás aqui e o meu cabelo despenteado contra a parede branca solta os meus pensamentos que voam como andorinhas negras pintadas no papel de parede... A luz baixa faz reflectir sombras e a tua silhueta sobressai. Adoro os teus olhos e no escuro perco-me neles. Silêncio, aqui só fica um abraço longo e suave. Pintei as minhas unhas de vermelho, balanceio a anca... a música leva-me e deixa-me a alma à mostra. Sinto-me mulher hoje e apetece-me transpirar tudo o que tenho dentro deste corpo, desta alma, depois tomar um banho na chuva que nos une. Porque quando chove proteges-me debaixo da tua sombrinha. Dispo-me e despeço-me de todo o superficial. Assim me entrego a ti, naturalmente mulher, a ti minha vontade. Sabes o que significa desejo? Sabes o que é sentir o mundo estremecer debaixo dos pés? Alguma vez sentiste medo da tua própria força de vencer? Sabes do que falo? Faz o que queres de mim. Entrego-me e rendo-me ao teu encanto, ao teu cheiro que me envolve, ao teu perfume. Tu, meu anjo, suportas as minhas asas, a ti te entrego a minha capacidade de voar, leva-me contigo quando fores e vieres nesse movimento lento. Sustem-me a respiração com um beijo, não me deixes expirar o ar que colocaste dentro de mim. Quando voares leva o meu corpo para além do horizonte imaginável. Para onde o mundo acaba e onde podemos ser tudo. Tudo... aquilo que ninguém conhece e que tu me mostraste em segredo. Tudo aquilo que podemos ser e em que nos podemos transformar. Sinto-me animal, sinto-me selvagem, fora de mim. Fogo dentro de mim, ardo como uma fogueira, ardo e desenvolvo a chama que se acende lentamente. Tudo arde. Esse tudo que nos pertence. Querido nunca senti algo tão forte. O coração bate-me nas extremidades do meu corpo. Quer sair, sair de mim e na próxima vez vai conseguir fugir. Eu deixo que ele se solte e se entregue ao desconhecido. Arrisque uma vez mais o nada a que pertence. Não há a perder quando se devolve um sorriso tão grande como o que me entregas. Entrega-te a mim que o meu sorriso transporta toda a minha bondade e o quanto te quero. Estou distante do mundo... Estou diante de ti. Com os cabelos perdidos entre o branco da parede, entre os sonhos que criamos e que afinal são um pouco diferentes do que aparecia na almofada laranja e azul... mas agora é verdadeiro, real, e estou diante de ti. Todo o meu corpo pede por ti e já demoraste demasiado tempo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009




Steve Jobs

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Obrigada por olhares por mim, por me ajudares a perdoar. Obrigada por me receberes de braços abertos e deixares-me entrar no teu coração. O amor que sinto é por ti e em ti deposito minha fé. Obrigada meu Pai por me ajudares a escolher o caminho, obrigada por me dares a mão e nunca me deixares sozinha. Obrigada por me ajudares a levantar a cabeça depois de ir contra tua vontade. Obrigada por acreditares que continuo a fazer o bem e a seguir teu caminho mesmo depois de te desiludir. Perdoa-me os meus desvios do verdadeiro sentido de entrega e dedicação ao teu amor. Onde me quiseres levar eu aceito o teu corpo, e entrego-me a tua vontade pois ela guia os corações puros. Perdoa-me se pequei.

Que dia!

Hoje tinha uma tarefa para fazer: ler dois capítulos de um livro sobre Felipe V para a disciplina "Nascimento del Capitalismo" e desisti a meios dos dois... Nenhuma ideia ficava por mais tempo que estivesse a olhar para aquelas letras, que formavam palavras, num idioma diferente e escrito de uma forma difícil para um pessoa que está à 3 meses neste país compreender à primeira. Devia ter conseguido ler mais esses dois capítulos e não me sentia tão desiludida comigo mesma. Enfim... mas era aquela sensação de estar a olhar para símbolos estranhos, datas, nomes que não me transmitiam ideia nenhuma. Concentração foi e tem sido o meu grande problema, e por isso demoro o triplo do tempo a estudar uma coisa pequena que seja. me sinto completamente fora de sitio, fora de contexto com a vida que me prega partidas, umas maiores que outras, e eu sinto falta de algumas coisas com as quais decidi que não consigo viver e ultrapassar esses obstáculos. Tenho vontade de voltar a fazer aquela viagem de três horas de comboio depois de duas semanas, e de me irritar porque me vêm sempre como uma criancinha pequenina que precisa de ser protegida,... Neste momento sinto falta de isso, e de ouvir um discurso do meu pai, de me sentar na cama do meu quarto com a minha mãe a falar, abraçar e irritar o meu irmão... Há sítios onde nos sentimos bem, outros onde conseguimos ficar bem, outros onde não podemos estar. Mas casa é sempre casa!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sparks


Royksopp

Coisas

A vontade e a força com que se deseja algo é, na maior parte das vezes, impossível de definir. Tenho vontade de te dar a mão e sair por aí, desviar o guarda-chuva e sentir as gotas de água no meu rosto frio. Dar-te um beijinho a esquimó com o meu nariz vermelho e molhado, e depois dar-te um abraço de dez minutos, com força, para não veres a falta que me fazias. Espero-te todos os dias no sofá da sala, a espera de um sorriso e ontem nem sorrir consegui. Hoje vens e tens um sorriso a tua espera, como aquele que me das todos os dias sem esperares nada em troca. Tenho vontade de, quando passo pelo parque infantil, juntar-me a algumas brincadeiras que vejo ao longe. Sinto falta daqueles pensamentos de criança. Tenho rebuçados e vou partilha-los com os meus amigos!
Mas sempre há alturas de mudança, em que nós mudamos e as pessoas a nossa volta mudam. Perguntamos-nos quantas vezes mais isso vai acontecer. Quantas vezes mais vais voltar a casa e tens toda a tua mobília fora do sitio e tens de voltar a por tudo no lugar, cada peça, cada gaveta, um a um... Um dia vais encontrar-me e percebes que tudo se alterou e que eu não passo de uma explosão de coisas. Essas mesma coisas que se dizem repetidamente porque não sabemos que palavra utilizar para as definir. Alma, vontade, força de querer, coisas... estranhas...
Deitas-me no teu peito e eu durmo assim e tento encontrar um sitio melhor para meus pensamentos, partilha-los contigo com um simples olhar. Disseste que nunca me ias deixar cair mas as vezes o melhor sítio para estarmos é no chão e assentarmos a razão em nossos pés. Posso esperar mais três minutos, três horas, três dias, três meses ou três anos... o que for necessário. mas vou esperar pelas tuas coisas, iguais ou diferentes das minhas, uma revolução de tanto que tenho para dizer e de tão pouco que sai. Mas tu sabes... essas coisas são todas tão difíceis de definir numa palavra. Amizade... Amor... Carinho... Sinceridade... Confiança... Eu ouço o que tens a dizer.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"La paz es una cosa preciada y requerida. Nuestra generación, ensangrentada en guerras, merece la paz seguramente. Pero la paz, como casi todas las cosas de este mundo tiene un precio - alto, pero mensurable. Nosotros no conocemos el concepto de la paz a cada precio. Hay sólo una cosa en la vida de la gente, de las naciones y de los países, que no tiene precio. Esta cosa es el honor."

Józef Beck, en el 5 de Mayo de 1939 cuando respondiendo a la intervención de Adolf Hitler, en el Sejm

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Poor is the man whose pleasures depend on the permission of another.

Believe in Me


Lenny Kravitz

Um dia...

Nessun Dorma

Que ninguém durma... ninguém durma...
Mas meu segredo permanecerá guardado dentro de mim,
Meu nome, ninguém o saberá.
Desaparece, oh noite!
Desapareçam, oh estrelas!
Na alvorada vencerei.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Manhã

As cores transformam-se, conjuntas dão outras cores. Um misto de curvas e linhas que circulam entre mim e o mundo que me rodeia. Tudo me parece mais simples fácil e gosto de me perder nestas horas de inconsciência em que a música se transforma em cor e a cor em objecto, próximo, me envolve e me conduz os pensamentos... Sem ciência e sem lei, soltam-se amarras e penso em nada e em tudo. E penso que penso em muita coisa que nem dou conta. Sou eu cada dia, cada hora de mim em mim mesma.

Sorriu para mim na rua sem dizer nada. Tinha um cabelo muito negro, comprido, uns olhos castanhos brilhantes e o nariz vermelho do frio que fazia. Um sorriso simples de quem passa e nos cumprimenta com um bom-dia. Foi o único bom-dia que recebi hoje e confortou a minha alma de uma forma inexplicável! Retribuí o sorriso e continuei o caminho para a faculdade com um momento na minha algibeira.

Disse-te Adeus e Morri

Disse-te adeus e morri
E o cais vazio de ti
Aceitou novas marés;
Gritos de búzios perdidos
Roubaram aos meus sentidos
A gaivota que tu és

Gaivota de asas paradas
Que não sente as madrugadas
E acorda á noite, a chorar
Gaivota que faz um ninho
Porque perdeu o caminho
Onde aprendeu a voar

Preso no ventre do mar
O meu triste respirar
Sofre a invenção das horas
Pois na ausência que deixaste
Meu amor, como ficaste
Meu amor, como demoras.

Amália Rodrigues